Desafio “Criativos da Escola” estimula crianças e jovens a transformarem suas comunidades

Por: GIFE| Editais| 11/07/2016

Alunos da cidade de Guanambi (BA) estão reutilizando antigos livros escolares que não tinham destino adequado para adubar plantas. Bem longe da Bahia, estudantes da periferia de São Paulo criaram um fórum participativo em sua comunidade e mobilizaram diversas iniciativas, como conquistar a instalação do asfalto para parte do bairro da Vila dos Palmares e iluminação pública. Experiências como estas são destaques do Desafio Criativos da Escola, iniciativa do Instituto Alana que está com inscrições abertas para sua segunda edição.

O Criativos da Escola busca encorajar crianças e jovens a transformarem suas realidades, colocando-os como protagonistas de suas próprias histórias de mudança. A iniciativa faz parte do Design for Change, movimento global que surgiu na Índia e está presente em 35 países, inspirando mais de 25 milhões de crianças e jovens ao redor do mundo.

O desafio seleciona e premia projetos do Ensino Fundamental I, II e Médio de escolas públicas ou privadas, organizações não-governamentais, associações comunitárias de todo o país que estão contribuindo com soluções criativas de transformação socioambiental. Assim, o apoio de educadores e da comunidade é fundamental.

Na edição de 2016, as inscrições vão até o dia 15 de outubro e podem ser feitas no site da iniciativa: www.criativosdaescola.com.br. Ao todo, serão premiados os 10 projetos de todo o Brasil que mais se destacarem alinhados a critérios como protagonismo, impacto social, empatia e trabalho em equipe. Como prêmio, os vencedores terão direito a uma viagem para um destino surpresa no Brasil, além de R$ 500 para os dois educadores representantes de cada equipe e R$ 2 mil para a escola ou organização responsável.

De acordo com Gabriel Salgado, assessor do projeto Criativos da Escola, do Instituto Alana, essa iniciativa convida crianças e adolescentes a serem sujeitos ativos no processo de aprendizagem, a criarem conhecimentos e desenvolverem competências a partir de intervenções sociais. O protagonismo está presente em todas as etapas da metodologia. A proposta é que os estudantes problematizem a realidade; definam o tema do projeto a partir dos seus interesses e preocupações; investiguem e busquem respostas para a resolução de um problema real; e, por fim, que enfrentem-no por meio de ações concretas.

“Durante esse processo, os estudantes ganham a percepção de seu papel como agentes de transformação da realidade e a satisfação por ter contribuído concretamente com a melhoria de uma situação, permitindo a criação de vínculos, a coesão social, o sentido de pertencimento comunitário e o empoderamento coletivo – valores fundamentais para uma cidadania ativa”, explica.

Para Gabriel, ao valorizar experiências criativas, que foram realizadas coletivamente, reforça-se todo um processo construído há muitos anos por diferentes movimentos, organizações e setores da sociedade que reivindicam uma educação dialógica, democrática e que considere o aluno como agente importante e fundamental na construção de um ensino transformador também no modelo regular, formal.

Nesta edição, o desafio conta com a parceria da UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e do Instituto Votorantim, além do apoio do  Itaú Cultural, Inspirare, Todos Pela Educação e Instituto GRPCOM. Fazem parte ainda da iniciativa a rede Educar para Transformar, o Instituto Anísio Teixeira, a Secretaria da Educação do Governo da Bahia e a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo.

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