Pesquisa Juventude Conectada revela hábitos e expectativas do jovem na era digital

Por: GIFE| Notícias| 22/09/2014

Mais um estudo sobre a juventude brasileira está à disposição de pesquisadores, educadores, investidores sociais, gestores de programas governamentais e demais interessados no tema. Idealizada e coordenada pela Fundação Telefônica Vivo e realizada em parceria com o IBOPE Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e Escola do Futuro – USP, a pesquisa Juventude Conectada foi lançada durante o último RIA Festival 2014, evento que propõe reflexões sobre as transformações e oportunidades na era digital.

O estudo teve como proposta entender o comportamento do jovem brasileiro em tempos de conectividade. Os dados, que começaram a ser levantados em maio de 2013, apontam para um cenário de intensas transformações, trazidas pela tecnologia na vida dos jovens. A pesquisa foi dividida em quatro eixos: comportamento, empreendedorismo, educação e ativismo.

Acreditamos no poder transformador do conhecimento e, por isso, investimos em estudos e pesquisas que promovam reflexões, apontem tendências sobre o nosso tempo e inspirem pessoas e instituições em suas iniciativas”, explica Gabriella Bighetti, presidente da Fundação Telefônica Vivo.

Durante a sondagem, diversas metodologias foram adotadas em um universo de pesquisa composto por mais de 1440 jovens em todas as regiões do Brasil. Além da aplicação de formulários, foram realizados grupos de discussão, entrevistas em profundidade com oito especialistas e monitoramento de navegação na internet de 10 jovens.

A publicação (disponibilizada gratuitamente no site da Fundação Telefônica Vivo) representa um mergulho profundo no universo jovem. O estudo, que apresenta uma complexa e inovadora análise de tendências, atitudes e anseios desse público, é um convite para a reflexão sobre a atual juventude brasileira.

Uma das principais conclusões indica que é impossível categorizar em um perfil único o jovem brasileiro conectado à internet. “Não dá para generalizar os jovens na internet. A generalização está ficando ultrapassada”, afirma Brasilina Passarelli, professora da ECA/USP e coordenadora científica do projeto.

Por meio de uma metodologia de monitoramento de navegação adotada durante a fase de levantamento de dados, foi possível perceber que não existe um padrão único de acesso a sites, portais e redes sociais. De certa forma, o estudo constrasta com uma suposta ideia de que os jovens investem a maior parte de seu tempo em sites de relacionamento, por exemplo.

De acordo com os dados levantados, muitos jovens utlizam a internet como ferramenta de preparação para entrada no mercado de trabalho. A novidade fica por conta do tipo de informação que esses meninos e meninas buscam. Ainda na categoria mundo do trabalho, um tema que apareceu fortemente foi o empreendedorismo.

Gabriella Bighetti comenta que esse foi um dos pontos mais surpreendentes da pesquisa. Os resultados mostram que a maioria dos jovens conectados afirma que a internet tem grande importância como um apoio aos futuros negócios. Do total de entrevistados, 35% pensam em usar a rede para desenvolver suas empresas.

Outro ponto interessante do estudo, entre os diversos recortes e cruzamentos utilizados, diz respeito à conectividade. Apesar de não representar necessariamente uma novidade, o estudo comprova a ideia de que o jovem brasileiro é um dos mais conectados do mundo. Surpreendente é a importância que as tecnologias móveis têm na vida dessa população – cerca de 71% dos entrevistados acessam a internet pelo celular, e 42% o apontam como principal meio de acesso. Em segundo lugar, está o computador de mesa (33%), seguidos de notebooks (22%) e tablets (2%). Isso significa que o jovem brasileiro deseja estar conectado a maior parte de seu tempo, onde quer que esteja.

Tecnologia na educação

Como usar a internet a serviço do conhecimento foi um pontos centrais da pesquisa. Nesse sentido, o estudo indica diversos pontos de conexão entre educação e tecnologia. O desafio é como levar essas novas plataformas para dentro de sala de aula. Na opinião de 47% dos jovens brasileiros, um bom professor é aquele que sabe utilizar a internet e os recursos tecnológicos para ajudar no aprendizado.

Os anseios dos jovens, assim como os novos desenhos da sociedade atual, devem provocar grandes mudanças nos papéis de educadores e estudantes. Para 53% dos entrevistados, a internet melhora o relacionamento entre alunos e professores – o que representa um cenário repleto de oportunidades e desafios para a Educação no Brasil.

Gabriella Bighetti, presidente da Fundação Telefônica Vivo, destaca que a utilização de computadores, celulares e outras tecnologias na rotina de estudos é uma expectativa e uma rotina na vida dos jovens brasileiros. “O uso da internet para o aprendizado é uma realidade. A pesquisa mostra que os jovens têm mais facilidade para realizar trabalhos escolares e atividades propostas em sala de aula.” Contudo, a gestora ressalta que o papel do professor ainda é insubstituível. “Apesar de todo o uso da conectividade para ajudar a estudar, ela não substitui a presença em sala de aula.”

Confira a publicação na íntegra.

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