Quem somos

O GIFE é uma associação de investidores sociais privados do Brasil, sejam eles institutos, fundações ou fundos familiares, corporativos independentes ou empresas.

Nascido como grupo informal em 1989, o GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, foi instituído como organização sem fins lucrativos, em 1995. Desde então, tornou-se referência no país no tema do investimento social privado.

Atualmente, conta com uma rede de mais de 170 associados que, somados, aportaram R$ 4.8 bilhões em investimento social no ano de 2022, segundo dados do Censo GIFE.

A organização compreende investimento social privado com o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos ou organizações sociais, ambientais, culturais e científicos de interesse público.

Para conhecer mais sobre o GIFE, confira o documentário Em Movimento

Lançado em 2015, o filme faz um regate da história da sociedade civil brasileira nos últimos 20 anos, e traz o contexto no qual o GIFE e outras organizações relevantes como o Instituto Ethos e a Abong surgiram. O ‘Em Movimento’ relembra marcos importantes como a Constitutição de 88, a Rio92, as Diretas Já e outros, analisados pelos conselheiros do GIFE na época. 

Missão

Aperfeiçoar e difundir conceitos e práticas do uso de recursos privados para o desenvolvimento do bem comum.

Visão

Um setor de investimento social relevante e legítimo, que abrange diversos temas, regiões e públicos; formado por um conjunto sustentável e diversificado de investidores.

Confira nosso posicionamento, lançado em 2022

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, menciona em seus Artigos 1º e 7º que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos” e que “Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.” Já em seu Artigo 3º, é declarado: “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.

O Artigo 5º da Constituição Federal brasileira enfatiza direito à vida e à não discriminação: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…).”

O GIFE  compreende que o regime político democrático é, por excelência, o locus desejável de atuação da relação Estado de Direito e Sociedade Civil. É a partir do exercício contínuo da democracia que esperamos fortalecer a filantropia e o investimento social privado no Brasil.

No entanto, frente aos desafios que estão postos para sociedade em 2022, o GIFE considera essencial declarar que o regime democrático brasileiro está sendo afetado por não conseguir garantir direitos básicos para seus cidadãos, quais sejam, o direito à vida e à não discriminação. Este cenário indesejável também afetará negativamente a capacidade de transformação impulsionada pelo Investimento Social Privado.

As desigualdades presentes na sociedade brasileira, em especial a pobreza e a miséria, ameaçam o regime democrático. Não existe a possibilidade de exercer ou mesmo defender a democracia quando se passa fome. 

Ao mesmo tempo, se o regime democrático brasileiro não for capaz de assegurar a igualdade de oportunidades para pessoas negras, o que significa reparar as recorrentes violações de direitos que o Estado vem cometendo contra 56% de sua população, também não será possível declarar que vivemos em um regime democrático. Frente a tantos outros indicadores que explicitam a desigualdade racial, o Atlas da Violência 2021 afirma que a chance de uma pessoa negra ser assassinada no Brasil é 2,6 vezes superior àquela de uma pessoa não negra.

Dessa forma, o Plano Estratégico GIFE 2022 enfatiza a importância de dois aspectos essenciais para o Investimento Social Brasileiro cumprir a sua missão de contribuir para um país mais justo, democrático e sustentável: a defesa dos direitos à vida e à não discriminação.

Em paralelo, ao mesmo tempo em que destacaremos esses aspectos a serem superados, também devemos explicitar a importância que o fortalecimento de organizações da sociedade civil e empresas têm na construção de um país democrático, mais justo, sustentável e equânime. 


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