Virada Educação 2016 traz o ‘ensinar e o aprender’ em todo o território

Por: GIFE| Notícias| 25/07/2016
virada

Virada Educação

Uma exibição de filme, uma apresentação musical, uma roda de conversa. Seja qual for a proposta, mas que ela aproxime as pessoas e traga luz às questões essenciais de educação. Isso, cada vez mais em sinergia com o território. Assim é a Virada Educação , um projeto sobre provocar novas apropriações de um território em direção à construção coletiva de uma comunidade mais conectada. Uma comunidade que percebe o aprender e o ensinar espalhados por todos os lugares.

A primeira iniciativa aconteceu no Centro de São Paulo, em 2014. Neste ano, o evento da Virada Educação será de 17 a 20 de agosto. Além de São Paulo, outras viradas estão sendo cultivadas por grupos independentes junto ao Movimento Entusiasmo – criador da Virada. Há ações previstas em Porto Alegre e Joinville, ambas nos dias 18 a 20 de agosto.

Durante este período, a proposta é que grupos, movimentos e organizações desenvolvam atividades criativas que promovam o aprendizado por meio de situações práticas e conectadas ao território. “A ideia é trazer a perspectiva do território educador: um espaço amplo que está cada vez mais presente no diálogo com a educação. A Virada tenta traduzir na prática ações, encontros e conexões das pessoas que podem contribuir com o território”, comenta Daniel Ianae, membro do Movimento Entusiasmo.

Nas duas primeiras edições, foram realizadas mais de 100 atividades ao longo da Virada, envolvendo uma média de 3 mil participantes. “O que mais me chamou a atenção foi a mobilização de tanta gente jovem trabalhando em prol de algo muito importante. Foi também o número de espectadores no espetáculo. Sai de lá esperançoso com a gente, no sentido de tantos jovens preocupados com aspectos importantes. Me deu muita esperança para uma melhora na educação, nas relações pessoais”, disse João Signorelli, ator e relizador da peça Gandhi, participante da Virada de 2014.

As ações no Centro de São Paulo se explanaram pela cidade, como em Alto do Ipiranga, Bexiga e Santo Amaro. Elas inspiraram ‘Viradas’ semelhantes também nas cidades de Águas de Lindoya, Santo André, São Bernardo, Salvador e Porto Alegre.

O Movimento, para manter os princípios da Virada e criar sinergia entre ações, criou um Guia de Boas Práticas. O guia orienta novos espaços que queiram desenvolver uma iniciativa.

A indicação é que os organizadores de uma Virada Educação estejam presentes com frequência nos espaços ativados. Dessa forma, o vínculo pode se tornar realmente vivo e cultivado mesmo depois da Virada Educação, para que outras ações se fertilizem.

A publicação, inclusive, ressalta que, mais do que um evento, a “Virada é a celebração de um processo que explora as potências de um território escolhido. A Virada surge com força quando há um ritmo em que um território se une para praticar a poesia que vive na educação”. E aponta ainda: “O nosso desejo é que a Virada Educação seja amanhã, e depois de amanhã. Todos os dias. Sonhamos que a Virada Educação represente a possibilidade de cultivar a narrativa em que educação é ritmo e entusiasmo”.

A Virada conta também com um livreto que conta a história da criação da iniciativa. O propósito é inspirar pessoas a organizarem outras “viradas” nos seus bairros, ocupando os equipamentos culturais, praças, ruas e escolas da região em que moram.

Mariana Franco, gerente da Fundação SM – apoiadora da iniciativa desde 2014 -, ressalta a importâcia dessa ideia de território educativo presente na essência da Virada, em que todos têm saberes e valores a intercambiar e que propõe a apropriação dos territórios como base para a construção de uma perspectiva de aprendizagem coletiva permanente.

“Vislumbramos neste projeto inspirador a possibilidade de transformação do olhar para a educação, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. O projeto mostra que é possível pensar e praticar a educação de uma maneira diferente. Este novo olhar não é estanque, vai além dos dias do evento. Trata-se de um movimento de mudança. Ele conecta as pessoas entre si e com o território, de forma definitiva e exponencial”, afirma a gerente. Ela destaca também outras iniciativas apoiadas pela Fundação junto ao Movimento Entusiasmo. Entre elas o livro Mistérios da Educação e o curta-metragem Inventolhar.

Participação

A Virada Educação já está em movimento, tanto em São Paulo, quanto em outros territórios do país. É possível se conectar aos grupos que estão articulando ações ou iniciar uma Virada em outro local.

A virada no Centro de São Paulo já encerrou as inscrições para alguma ação ou para voluntários. Para as outras cidades, no entanto, ainda é possível propor algo. “Usamos o símbolo da cidade, mas a Virada pode ser feita num bairro ou num espaço específico, como uma escola. A ideia é abrir este espaço de participação. Hoje, há grupos que já tem o seu trabalho consolidado que podem desenvolver algo conectado à Virada. Eles podem cuidar deste símbolo com bastante carinho”, comenta Daniel.

Ao longo dos dias da Virada, qualquer interessado poderá participar das atividades gratuitas realizadas (acompanhe em breve a programação).

Entre as novidades desta edição, está a ampliação de números de dias da Virada. A ideia, segundo Daniel, é que as ações promovidas possam influenciar mais o cotidiano destes espaços. É instigar pessoas a pensarem em promover atividades semelhantes a estas no cotidiano de uma escola, por exemplo. Não apenas no momento da celebração da Virada.

Informações 

Associe-se!

Participe de um ambiente qualificado de articulação, aprendizado e construção de parcerias.

Apoio institucional