Plenária de encerramento do 11º Congresso GIFE pautou temas e caminhos que devem nortear doações, investimentos e iniciativas do setor no próximo período.
“Quando falamos de olhar sistêmico e impacto colaborativo, vamos precisar olhar nos próximos anos para escala. E isso passa por trabalhar com vários tipos de organizações, tanto organizações da sociedade civil e empresas, como também as aceleradoras e incubadoras, escritórios de advocacia e academia, enfim, os chamados dinamizadores que conectam quem tem o recurso a quem está tentando resolver problemas. Outra tendência será olharmos cada vez mais para diferentes instrumentos financeiros para colocar cada vez mais todo tipo de capital a serviço do impacto e do propósito.”
Celia Cruz
“São tantas as prioridades: democracia, fortalecimento das organizações da sociedade civil, doações, fome. Temos pontos que cada um de nós precisamos endereçar. Em um ano em que entendemos de uma vez por todas a importância das organizações da sociedade civil e que ficou claro quão enfraquecidas elas estão, precisamos cuidar de quem cuida ou nem tecido social teremos mais.”
Joana Mortari
“Acredito que o setor tem o papel de manter acesa a chama do capitalismo de stakeholders. Cada vez mais, o investimento social deve estar na pauta dos CEOs e dos conselhos de administração das companhias, uma vez que na emergência da pandemia, as empresas tiveram papel fundamental na mobilização dos recursos e nós vimos o protagonismo dessas lideranças com seus chapéus de cidadãos e cidadãs. Outro papel fundamental do ISP é a mobilização, formação e diálogo com lideranças, sejam elas políticas, empresariais ou sociais.”
Luis Fernando Guggenberger
“Diante da diversidade das nossas causas, fica cada vez mais evidente a conexão entre elas e a necessidade de atuarmos em parceria para entregarmos cada vez mais soluções aos desafios. Pegando a causa da conservação da natureza como exemplo, ela está diretamente ligada a questões de saúde, educação e economia. Mas uma fundação sozinha não consegue realizar as transformações necessárias. Precisamos somar esforços com outros institutos e fundações e com o poder público e as empresas e olhar para as nossas causas sem deixar de lado as emergências da sociedade. Essa deve ser a nossa prioridade daqui para frente.”
Melissa Barbosa
“A articulação do investimento social é fundamental com as organizações nos territórios e também com as políticas públicas. Estamos entendendo cada vez mais a importância do grantmaking, mas temos que confiar e trazer essas organizações desde o ínicio, no desenho dos programas e no monitoramento das iniciativas. A importância dos territórios passa também pelo olhar sistêmico porque é no território que a gente consegue fazer essas intersecções.”
Neca Setubal
“Para mim as diretrizes e prioridades passam por olharmos para o céu: ‘c’ de crônico, ‘e’ de emergência e ‘u’ de urgência. O crônico do Brasil é a agenda das desigualdades sociais e regionais, incluindo as injustiças ambientais. Na segunda letra desse céu, a emergência, temos a pandemia. Precisamos não apenas dar conta dessa emergência, como nos preparar para outras pandemias que podem surgir, como aponta a Organização Mundial da Saúde. E nesse sentido, precisamos fortalecer o Sistema Único de Saúde [SUS] e as organizações da sociedade civil. Em urgência, destaco as mudanças climáticas como principal agenda do século 21 porque pode reverter os avanços que tivemos em algumas agendas sociais. Os povos que menos contribuíram para o aquecimento global são os mais afetados por esse desastre.”
Virgilio Viana
Leonardo Nunes
ASSISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO
Estúdio Cais
REPORTAGEM/TEXTO
Rogério Testa
INFOGRÁFICO
Marina Castilho
DESIGN & DESENVOLVIMENTO