Estudantes e professores elaboram 27 propostas para um Ensino Médio democrático, inclusivo, integral e transformador

Por: GIFE| Notícias| 17/02/2020

Em 2016, o Brasil pôde experimentar a insatisfação de estudantes de todo o Brasil para com medidas do governo do ex-presidente Michel Temer quando mais de mil escolas e instituições de ensino foram ocupadas em protesto por todo o país. O descontentamento continuou quando começaram a ser noticiadas as mudanças para o Ensino Médio. 

Considerando que o novo ensino médio, promulgado em 2017, cedeu pouco espaço para a opinião dos maiores interessados no assunto – os próprios estudantes -, a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), juntamente com a Ashoka e Campanha Nacional pelo Direito à Educação, com patrocínio da Fundação Santillana e do Instituto Unibanco, promoveu a Construção Coletiva de Propostas para o Ensino Médio. 

O documento foi criado a partir de reuniões realizadas em São Paulo, Brasília e Rondônia entre outubro de 2018 e agosto de 2019, onde estudantes, educadores, gestores, pesquisadores, representantes da sociedade civil e demais interessados na discussão puderam se reunir e debater possíveis propostas comuns e convergentes para o Ensino Médio brasileiro. 

O intuito foi considerar opiniões diversas e ouvir o que estudantes tinham a dizer, objetivando um ensino médio democrático, inclusivo, integral e transformador. Desse processo, foram mapeadas 27 propostas que, além de considerar o interesse de diversos atores relacionados à educação, gira em torno de princípios como inclusão, democracia, contemporaneidade/integralidade e transformação. 

Propostas 

As 27 propostas foram divididas em cinco grupos: 1. Juventudes: modos de vida, condições, expectativas, projetos de vida e ações; 2. Construção democrática das políticas; 3. Perspectivas curriculares; 4. Responsabilidades da sociedade com as juventudes; e 5. Ensino Médio e gestão da educação. 

Entre elas, está prevista a participação ativa dos estudantes no planejamento pedagógico, desenvolvimento de projetos baseados na investigação e vivência de outras realidades, participação de docentes e alunos na avaliação de reformas vigentes nas políticas econômicas e sociais, valorização da carreira docente, estímulo por parte do Ministério da Educação (MEC) a formulação de abordagens transdisciplinares, entre outras. 

Confira aqui o documento na íntegra. 


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