GIFE realiza Assembleia Geral Anual 2021

Por: GIFE| Notícias Institucionais| 21/06/2021

O GIFE realizou, em 15 de junho, sua Assembleia Geral Anual e, como no ano passado, o evento foi organizado de forma remota por conta da pandemia. Durante o encontro, foi apresentada a prestação de contas de 2020, assim como o Plano de Ação 2021-2023, além da eleição do novo Conselho de Governança.

Retrospectiva 2020

Em 2020, o Brasil e o mundo viveram momentos desafiadores por conta da pandemia  de Covid-19 e a instabilidade socioeconômica. O cenário complexo convocou para a renovação dos compromissos com a solidariedade e a cooperação, tão caras ao GIFE e sua rede de associados e parceiros ao longo dos seus 26 anos de história. 

Neca Setubal, que se despede da presidência do Conselho de Governança do GIFE, comentou sobre o legado do investimento social privado construído no último período.

“Ao longo desses anos no GIFE, acredito que pude ter uma visão muito mais ampla do campo do ISP, mas também da sociedade civil como um todo. Especialmente durante a pandemia, o fato de já termos feito uma abertura com um diálogo mais amplo foi fundamental para que pudéssemos reunir forças, articular esforços e realizar parcerias com diferentes projetos que pudessem intervir em todas as questões sociais.”

O GIFE estabeleceu, durante o ano passado, diálogos e organizou publicações em temas contemporâneos em pauta no Brasil e no mundo. Para Neca, houve grandes avanços no âmbito da  equidade racial e direitos das mulheres. Além das diversidades, também foram trabalhadas questões ligadas às mudanças climáticas, como água e Amazônia, bem como pautas urgentes como democracia, segurança pública, ciência e informação. 

“Um legado que eu destacaria da pandemia é o fato de o setor ter se mobilizado muito rapidamente, promovendo articulação entre as fundações, as organizações que estavam nos territórios e nas periferias e as políticas públicas.”, comentou Neca.

Plano de ação: 2021-2023

Um dos destaques da Assembleia foi a eleição do novo Conselho de Governança, que irá atuar a partir de junho de 2021 até junho de 2023. A configuração passa a ser: Adriana Barbosa, da Preta Hub; Americo Mattar, da Fundação Telefônica Vivo; Atila Roque, da Fundação Ford; Beatriz Fiuza, do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza; Georgia Pessoa, do Instituto Humanize; Gilberto Costa, do JP Morgan; Guilherme Coelho, do Instituto República; Inês Lafer, do Instituto Betty e Jacob Lafer; Luís Fernando Guggenberger, do Instituto Vedacit; Mônica Pinto, da Fundação Roberto Marinho; Rodrigo Pipponzi, do Instituto ACP; e Virgílio Viana, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

A presidência do Conselho de Governança do GIFE ficará a cargo de Inês Lafer. Ela entende que os desafios e perspectivas para a atuação do investimento social privado nos próximos quatro anos envolvem a reflexão sobre o papel da sociedade civil. 

“Acredito que estamos em um momento no qual existe uma desvalorização da sociedade civil como uma instância de contribuição para as políticas públicas, desenvolvimento de ideias e para a contribuição do bem público e filantropia. Neste momento político, isto está posto em cheque, inclusive com grupos da sociedade civil perseguidos.”

O novo conselho propôs diretrizes de atuação apoiadas na amplitude e diversidade da rede de associados e parceiros, e na trajetória acumulada ao longo da história do GIFE. 

“Como investidores sociais temos a responsabilidade de pensar ações que sejam capazes de enfrentar as desigualdades que encontramos no Brasil. Hoje, o investimento social deve encarar as questões de equidade e injustiça racial junto com o debate sobre o clima. Vejo estes como os principais desafios a serem enfrentados. São questões que a sociedade civil e o investimento social não podem se furtar de olhar”, refletiu Inês.

Uma das diretrizes será aprofundar o papel do GIFE como plataforma agregadora para o fortalecimento do ecossistema da filantropia e do investimento social no país, mantendo a ação contínua na defesa e aprimoramento do ambiente para o associativismo e a ação cidadã no Brasil. Além disso, a ideia é seguir promovendo a expansão e diversificação contínuas do setor nas suas múltiplas dimensões, assim como o aumento de conhecimentos e promoção da democracia, do acesso universal a direitos, liberdades e oportunidades e do desenvolvimento sustentável em todas as ações.

“Temos novos atores entrando no mundo do investimento social, se colocando mais próximos de causas estratégicas e de temas de direitos humanos por conta de uma crise institucional muito grande. Acredito que isso é uma perspectiva positiva, com a valorização da filantropia e da prática da doação. É um momento no qual o setor privado também tem se voltado para questões do campo do ISP com todos os debates sobre diversidade da governança, sustentabilidade e clima”, reforçou Inês.


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