Marta Ferreira, bordadeira do projeto “Semeando Esperança, na exposição “Histórias do Vivido – Sementes da Esperança”

A exposição “Histórias do Vivido – Sementes da Esperança” está em cartaz, até 19 de dezembro, no Instituto Inhotim, em Minas Gerais. A mostra, abrigada em um dos maiores museus a céu aberto do mundo, é parte do projeto “Semeando Esperança” desenvolvido pelo Instituto de Promoção Cultural Antônia Diniz Dumont (ICAD) e pela Fundação Vale. Desde 2019 o projeto auxilia moradores locais, amigos e familiares de vítimas do rompimento da barragem B1 por meio de conversas e técnicas de bordado livre.

Estão reunidos 16 painéis, 44 mandalas e 18 peças criadas por setenta e três mulheres da região de Brumadinho, que se utilizam do bordado como expressão artística e na criação de narrativas das histórias pessoais. Os painéis, bordados coletivamente em vivências psicopedagógicas, são relatos, traduzidos em linha e agulha, sobre suas trajetórias de vida, os territórios onde habitam e os pontos que as unem. Eles foram bordados sob o desenho de Demóstenes Vargas, artista do ICAD, e expressam emoções e histórias entrelaçadas por diversas mãos. As mandalas, produzidas individualmente pelas artistas, traduzem memórias, sentimentos e lembranças de cada uma delas.

O projeto “Semeando Esperança” utiliza a arte-educação como estratégia de fortalecimento, conscientização e construção de ambientes saudáveis. Também busca restabelecer uma vida produtiva e saudável para as pessoas atingidas pelo acidente.