Segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002

Por: GIFE| Notícias| 18/02/2002

Nas trincheiras do voluntariado

Em artigo, Milton Zymberg, gestor de negócios e relacionamento da Diagnósticos da América, afirma que o Ano Internacional do Voluntariado despertou a atenção dos empresários em relação ao tema. No Brasil, calcula-se que a filantropia movimentou cerca de R$ 680 milhões no ano passado. Além disso, a matéria foi incorporada aos cursos de pós-graduação de sete das principais escolas de ensino superior do país, gerou emprego, especialização e desenvolveu competências. Só na região Sudeste, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que 300 mil empresas possuem algum tipo de trabalho filantrópico. Segundo o articulista, estes indicadores positivos demonstram a urgente e real necessidade de fazer algo que, de fato, acrescente na construção de um país mais justo. Restou a mensagem de que, para o empresário, não basta investir ou patrocinar, tem de capitanear, liderar, empreender, enfim, arregaçar as mangas ou botar a mão na massa, como se diz popularmente. (Gazeta Mercantil, p. A-3, 18/2)

Só gigantes sobrevivem

Em entrevista, o presidente da General Motors, Richard Wagoner Junior, afirma que as empresas americanas estão tão obcecadas em contratar e promover funcionários de minorias raciais e mulheres porque o perfil do consumidor está cada vez mais diversificado. Por isso, é importante ter também um time administrativo diversificado para se identificar com o consumidor das mais diferentes maneiras. Quando questionado sobre o porquê de nas filiais estrangeiras esse objetivo não ser tão perseguido, o presidente da GM diz que não seria apropriado implementar os padrões americanos nos outros países e culturas, mas, certamente, estamos procurando oferecer oportunidade de avanço às mulheres e às minorias em todas as nossas filiais do mundo. (Revista Veja, p. 11-15, 20/2 – Tania Menai)

Elas já são maioria na firma

As mulheres estão ganhando mais e ficam com a maior parte das novas vagas no mercado de trabalho. Hoje, quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e experiência, as mulheres recebem o mesmo que os homens. A grande diferença entre homens e mulheres continua sendo a presença delas no topo da pirâmide corporativa. Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Ethos e pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, apenas 6% dos cargos de chefia das 500 maiores empresas brasileiras são ocupados por mulheres. (Revista Veja, p. 76-79, 20/2 – Sheila Grecco)

Um portal para o passado

Por R$ 20 milhões está sendo aberto, em Salvador, um caminho que leva diretamente aos tempos do Brasil colonial. Trata-se da restauração da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, erguida na capital do estado no século 16. A maior parte dos R$ 20 milhões veio de empresas como Eletrobrás, Petrobras, Copene, Construtora Odebrecht, OPP Petroquímica/Trikem e Aliança do Brasil. Postada na saída do Elevador Lacerda e ocupando todo o quarteirão que leva ao centro histórico, a Santa Casa parece ser o portão de entrada no Brasil colonial. Não por acaso se chama Portal da Misericórdia o projeto de recuperação de seu patrimônio arquitetônico e artístico, que abrange a sede principal, a igreja quinhentista, o casario em frente aos prédios e um precioso acervo que reúne obras de arte, mobiliário, prataria, objetos litúrgicos e uma botica do século 19. (Revista Exame, p. 24-25, 20/fevereiro – Suzana Veríssimo)

Ano do Voluntariado

Entre os dias 14 e 18/12 a InterScience ouviu cem executivos de empresas dos setores alimentício, automobilístico, de eletroeletrônicos, farmacêutico, de informática, de metalurgia, de prestação de serviços, de produtos plásticos, químico, têxtil e de telecomunicações sobre as ações de voluntariado desenvolvidas por elas em 2001. A maioria das empresas consultadas direcionou suas ações para doações de roupas, alimentos e cursos para a população pobre. Quarenta e oito por cento responderam que suas empresas participaram de algum projeto de voluntariado em 2001. Além disso, contaram com a participação dos próprios funcionários, em média 50, para a realização de tais projetos. A maior parte dos entrevistados, mesmo aqueles cujas empresas não participaram de nenhum projeto de voluntariado em 2001, acredita que eles terão continuidade ou começarão a acontecer em 2002. (Revista Carta Capital, p. 49, 13/2)

Projeto Nutrir

Qual a melhor maneira de uma empresa exercer sua cidadania? Para a Nestlé, está claro que uma forma eficaz de ser ativa socialmente é compartilhar com a comunidade o melhor de sua especialização e experiência. Esse é o propósito do Nutrir, um programa de educação alimentar que recebeu investimento de R$ 1 milhão em 2000 e beneficiou cerca de 50 mil crianças. O modelo do programa, além do aporte de recursos da empresa, estimula a participação dos funcionários: mais da metade do quadro de pessoal da Nestlé se mobilizou em 2000 para contribuir financeiramente com o projeto e 1.100 colaboradores já atuam como voluntários. A iniciativa tem se mostrado tão bem sucedida que servirá de referência para projetos sociais de outras unidades do grupo no mundo. (Revista Sentidos, p. 30-31, fevereiro/2002)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Aliança do Brasil
  • Construtora Odebrecht
  • Copene
  • Eletrobrás
  • Fundação Getúlio Vargas
  • General Motors

  • Instituto Ethos
  • Nestlé
  • OPP
  • Petroquímica/Trikem – Petrobras

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