Política de jovens

Em sua coluna no jornal O Globo, o jornalista Marcio Moreira Alves fala sobre o resultado de um programa de pesquisas realizado pela Unesco em parceria com governos, a Brasil Telecom, o BID e a Fundação Kellogg. O estudo teve como objetivo avaliar ações de prevenção da violência por meio da abertura de oportunidades para os jovens. Foi feito um retrato da juventude das periferias, dos espaços que lhe são dedicados e das opiniões dos jovens sobre a sociedade em que vivem. A partir disso, foi constatado que os jovens se sentem discriminados por diversas razões: por serem jovens, por morarem em bairros da periferia ou favelas, por sua aparência física, pela maneira como se vestem, pela dificuldade de encontrar trabalho, pela condição racial e até pela impossibilidade se se inscrever nas escolas de outros bairros. Parte da discriminação que sentem é atribuída à imagem que têm na mídia. Na verdade, a mídia acaba criando uma resistência da sociedade para com os jovens da periferia. Cria um paradigma no qual esse jovem é qualificado como um marginal, por não ter condição de andar bem arrumado. Então, sua pequena tatuagem, seu short, seu brinco, sua condição de negro, por exemplo, cria uma discriminação terrível, que se torna, muitas vezes, um critério de avaliação se o jovem que vêm é bandido ou não (trecho do estudo citado por Marcio Moreira Alves). (O Globo, p. 4, 23/8)

Funcionários viram voluntários no trabalho

As empresas brasileiras estão cada vez mais conscientes de seu papel de co-responsáveis sociais, afirma Ruth Goldberg, especialista em voluntariado empresarial da Unesco e consultora do projeto Comunidade Solidária. Esses programas de incentivo ao trabalho voluntário são bons para a comunidade, mas também para as organizações. Além de contribuir para uma imagem positiva da empresa na comunidade e entre os clientes, o trabalho voluntário tem repercussões significativas no desempenho da organização. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que das 698 mil empresas das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, 423 mil estavam desempenhando algum tipo de atividade comunitária entre os anos de 1999 e 2000. “”As empresas passaram a trocar as ações de caráter assistencialista do passado por parcerias com o Terceiro Se tor, nas quais não há só transferência de recursos, mas também de conhecimento””, diz Ruth. Um exemplo é o caso da Siemens que, depois de anos doando computadores para escolas e patrocinando eventos culturais, chegou à conclusão de que precisava atuar também na área de educação. Foi então que surgiu um projeto para seus funcionários ensinarem informática a portadores de deficiências mentais leves e moderadas. (Folha de S. Paulo, p. Folha Equilíbrio 10-13, 23/8 – Márcia Detoni)

Instituto da Mama conta com o empresariado

O Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMRS) realizou, no dia 21/8, o seminário Marketing e Responsabilidade Social – O 3º Setor. O evento integrou o ciclo comemorativo dos oito anos da instituição. Dividido em três momentos, o encontro abordou temas como o voluntariado e sua relação com o câncer de mama; as pesquisas na área; auto-estima, novas drogas e estratégias. Também foram feitos três relatos de empresas que apresentaram balanço social no ano passado. De acordo com a presidente do IMRS, Maira Caleffi, o Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de câncer de mama no Brasil, com aproximadamente mil mortes por ano. Para ela, a união com a iniciativa privada é atualmente uma das maiores alternativas para melhorar o cenário da doença em todo o País. (Correio do Povo-RS, 22/8)

Raytheon financia “”Ensinar a Ensinar””

Financiado pela Raytheon Brasil Sistemas de Integração Limitada, o projeto Ensinar a Ensinar, desenvolvido pela Secretaria de Educação de Porto Velho, tem como prioridade capacitar profissionalmente os professores leigos do município e os professores alfabetizadores. Além disso, o projeto fornece a diretores e técnicos administrativos, noções básicas em informática. (Estadão do Norte-RO, p. 8, 16/8)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

Observação: durante o mês de agosto, o clipping Investimento Social Privado – cobertura da Mídia será veiculado a partir das 14 horas.