Pauta social invade Fórum Econômico

Econômico ou social? O Fórum Econômico Mundial, que acontece pela primeira vez em Nova York nessa semana, começa dividido. De quinta-feira (4/2), cerca de 3 mil líderes mundiais, executivos multinacionais, mais acadêmicos, expoentes religiosos e agente culturais, se reúnem em torno do Waldorf-Astoria. Na verdade, os temas que discutirão são tão amplos quanto qual o papel do chefe de empresa no desenvolvimento do país e o que os hábitos gastronômicos podem revelar da cultura de um país. Mas, diferentemente dos outros anos, há presença mais forte do social. Não por acaso, o tema da versão 2002 é Liderança em Tempos Frágeis – Uma Visão para um Futuro Comum. (Folha de S. Paulo, p. A12, 27/1 – Sérgio Dávila)

O estrelado ao alcance dos jovens da favela

Graças ao trabalho de artistas, jovens da favela do Rio de Janeiro estão descobrindo que há vida para além dos cursos profissionalizantes, das drogas e dos campos de futebol. São meninos e meninas que estão se tornando atores, bailarinos, iluminadores, artistas plásticos, figurinistas, carpinte iros teatrais, aderecistas, sonoplastas e cenógrafos. Estamos alargando os horizontes desses jovens e mostrando que arte é profissão, resume a coreógrafa Carmem Luz, que mantém a Companhia Ética de Dança no Morro do Andaraí. Mais de 300 jovens já passaram pelas mãos de Carmem. A companhia tem o patrocínio da Petrobras e apoio do Instituto Goethe.

Outras ações – O número de iniciativas começa a se multiplicar. No cais do porto funciona a Spectaculu – Escola Fábrica de Espetáculos, que forma profissionais para o show bizz carioca. Criada pelo Cenógrafo Gringo Cardia, pela atriz Marisa Orth, pela diretora Lúcia Coelho e pelo educador Paulo César Gama Filho, a Spectaculu oferece aulas de iluminação, adereço, carpintaria teatral e interpretação para 45 jovens de baixa renda do Rio. O projeto, apoiado pelo Instituto Ayrton Senna, deu tão certo que Marisa Orth já pensa em levá-lo para São Paulo. (O Globo, p. 31, 27/1 – Mauro Ventura)

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