Quinta-feira, 26 de junho de 2003
Por: GIFE| Notícias| 26/06/2003Ainda há muitos deficientes fora da escola
Segundo estatísticas do último censo do IBGE, cerca de 2,9 milhões de crianças e adolescentes brasileiros entre 0 e 17 anos têm alguma deficiência. Entretanto, pelas estatísticas da Secretaria de Educação Especial, apenas 448.601 delas freqüentam escolas, seja na rede pública ou no ensino particular. O Instituto Ayrton Senna (IAS) é um dos que vem propondo ações na tentativa de mudar esse quadro. Segundo Simone André, coordenadora da área de juventude do IAS, desenvolver o potencial é o segredo da inclusão social, do desenvolvimento humano e do crescimento real da comunidade. (Valor Econômico, Empresa e Comunidade, Silvia Torikachvili, 26/6)
Programas quebram as barreiras entre os sexos
O Instituto Papai, de Recife (PE), e o Edisca vêm se empenhando para promover relações mais igualitárias entre meninos e meninas. O primeiro procura estimular a participação do jovem pai pernambucano na criação do filho. Já o Edisca, que conta com o apoio do Instituto C&A, da Danone, do Unicef e do Banco Mundial, trabalha a questão da expressão corporal, utilizando a dança com adolescentes em situação de risco social de Fortaleza (CE). (Valor Econômico, Empresa e Comunidade, 26/6)
Desafio da inclusão é superar dificuldades históricas
Dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2002, divulgada há duas semanas pelo IBGE, apontam que no Brasil é grande a discriminação por raça e gênero, mostrando que a igualdade de condições entre os diversos grupos ainda é uma realidade distante. A socióloga Rebecca Raposo, diretora executiva do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), alerta que grande parte das políticas sociais atuais não consideram essa questão e afirma que é necessário olhar para a diversidade é reconhecer que determinados grupos têm dificuldades históricas para se incluir na sociedade. (Valor Econômico, Empresa e Comunidade, Leandro Loyola, 26/6
Infância é mais difícil nas áreas rurais e no Nordeste
Crianças e adolescentes brasileiros que moram em áreas rurais têm, no geral, uma vida mais sacrificada que os das áreas urbanas. Dificuldade para chegar à escola, necessidade de cumprir tarefas domésticas e baixa renda familiar per capita são alguns dos fatores que ajudam a compor a realidade das crianças que vivem no campo. Entretanto, em algumas áreas esse quadro começa a mudar. É o caso de Franca, interior de São Paulo, onde empresários do setor calçadista criaram, em 1995, o Instituto Pró-Criança, que visa a combater o trabalho infantil na confecção do produto. A iniciativa deu tão certo que municípios de outros estados, como Rio Grande do Sul e Belo Horizonte, adotaram programas semelhantes. (Valor Econômico, Empresa e Comunidade, Denise Ramiro, 26/6)
ONG coloca cabra em casa para manter as crianças na escola
Um projeto denominado Cabra-Escola está conseguindo fazer com que milhares de crianças da região sisaleira da Bahia possam deixar de trabalhar em atividades perigosas e voltar a estudar. A idéia, simples e original, foi implantada em 1996 e contou com a organização do Movimento de Organização Comunitária da região e com o apoio financeiro da empresa Pfizer. Entre as ações da iniciativa estão o financiamento para a compra de bodes e o apoio técnico-agrícola para montagem da infraestrutura necessária à criação do animal. (Valor Econômico, Empresa e Comunidade, Leandro Loyola, 26/6)
Pobreza aumenta em quatro vezes a chance de criança não ir para escola
Dados da versão preliminar do relatório Situação Mundial da Infância, do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apresentados ontem durante abertura do 1º Seminário Criança Esperança – Desigualdade e Exclusão, mostram que ser negra ou branca, nascer no sul ou norte, no interior ou na cidade determina as chances de uma criança para o resto da vida. Durante a cerimônia, a representante do Unicef no Brasil, Reiko Niimi, afirmou que é preciso romper esse ciclo vicioso em que crianças crescem e transmitem a seus filhos as mesmas limitações. A prêmio Nobel da Paz de 1992, Rigoberta Menchú Tum,declarou que uma iniciativa como essa – que reúne mídia, ONGs, jovens, governo e a comunidade internacional – é muito importante e faz do Brasil um modelo e uma esperança. (O Globo, Lisandra Paraguassú; Correio Braziliense; Valor Econômico, Leandro Loyola; Folha de Londrina, Lígia Formenti; Gazeta de Alagoas)
Rede de solidariedade é intensificada
Termo recorrente sobretudo no período de Natal, a solidariedade é uma ação que vem sendo praticada por muitas empresas e grupos organizados durante todo o ano. Entre as empresas que ajudam a compor essa grande rede de responsabilidade social está a Fundação Banco do Brasil que, por meio de suas iniciativas, beneficiou, somente neste ano, cerca de 117 mil pessoas em todo o país. Entre as ações promovidas estão a alfabetização de jovens e adultos de comunidades carentes e campanhas de promoção à saúde e de incentivo cultural. (Correio da Paraíba , Damásio Dias, 26/6)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: