No final de 2005, empreendedores sociais de destaque do México, Brasil e Argentina receberam até US$ 25.000 cada um, como ganhadores do Prêmio de Empreendedorismo Social Visionaris. O prêmio é parte da cada vez mais ampla parceria entre o UBS e a Ashoka, e essa união é, por sua vez, parte dos Serviços de Filantropia do UBS, por meio dos quais ajuda seus clientes ricos a desenvolver uma filantropia efetiva.

A parceria entre um dos maiores bancos privados do mundo e a organização que foi pioneira no conceito de empreendedorismo social começou em 2004, quando o primeiro prêmio Visionaris foi entregue na cidade do México. A idéia é identificar fellows da Ashoka maduros que precisem de financiamento para a “”próxima etapa””.

O maior benefício para os empreendedores sociais não é apenas o prêmio em si, mas o fato de que grupos de finalistas são apresentados a clientes do UBS. A longo prazo, o plano é ampliar o esquema para o resto da América Latina e possivelmente para uma outra região do mundo. O UBS e a Ashoka são parceiros ideais, pois ambos têm alcance global.

A segunda via da parceria entre o UBS e a Ashoka – e, indubitavelmente, a mais desafiadora -, envolve considerar quais são as estruturas necessárias para financiar os empreendedores sociais mais efetivos e desenvolver serviços financeiros adequados.

Mas como a parceria com a Ashoka se encaixa no esquema mais amplo do UBS? Embora o UBS tenha um braço CSR, os Serviços de Filantropia são, na verdade, parte do lado comercial do banco, um de seus diversos serviços de administração para clientes individuais. O objetivo é ajudar os clientes ricos do banco a desenvolver uma filantropia efetiva, uma tarefa que cada vez mais os bancos privados estão assumindo. Os clientes parecem querer ser aconselhados pelos bancos nesse assunto; enquanto os bancos, por sua vez, preferem que os seus clientes mais ricos recebam conselhos deles e que procurem conselhos de outros.

O UBS trabalha com clientes em estágios muito diferentes de doação: com filantropos “”novatos”” que já fizeram doações, mas não de uma forma muito estruturada; com clientes que já têm uma fundação, mas que não estão totalmente satisfeitos com o que ela está fazendo; e com clientes maiores que, muitas vezes, já têm um fundo, mas desejam analisar outras opções para ter impacto social.

Mas em cada caso, a questão é a mesma: “”Como posso doar de forma mais efetiva?”” A parceria com a Ashoka é uma tentativa de encontrar parte da resposta a essa pergunta. Especialmente para algumas das gerações mais jovens de clientes do banco, a idéia de apoiar empreendedores sociais de sucesso é muito atraente e uma maneira potencialmente muito poderosa de usar seu dinheiro para ter impacto social.