A Rede Social São Paulo, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca) e o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente promoveram no dia 26 de março um encontro na Prefeitura Municipal de São Paulo com o objetivo de mobilizar lideranças da capital em favor dos direitos da Infância e Juventude. O evento, mais protocolar do que uma reunião, serviu, no entanto, de palco para inflamados discursos de secretários municipais e estaduais.

A Rede Social São Paulo é uma aliança formada por mais de cem organizações representativas da sociedade civil, do setor empresarial e do governo. Por meio do Projeto Envolver, desenvolve, estrutura e fortalece redes locais, contribuindo para o aprimoramento do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O Comitê Gestor da Rede Social São Paulo conta com representantes das seguintes organizações: Associação Comercial de São Paulo, ABN AMRO Real, Fundação Itaú Social, Fundação Nestlé, Fundação Telefônica, Instituto Camargo Corrêa, Instituto Supereco SP, Instituto Unibanco, Instituto Votorantim e Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo.

Segundo o secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Rogério Amato, o importante passo da iniciativa é o trabalho em rede. “”O desafio é fazer uma entidade reconheça o trabalho da outra e consigam se articular. Não podemos mais ver dezenas de entidades fazendo o mesmo trabalho que as outras, em qualquer contato, reinventando a roda””, alegou.

A preocupação de Amato fundamenta-se na missão da rede, que reúne lideranças que se destacam na defesa dos direitos da Infância e Juventude para que, juntas, definam uma agenda comum de compromissos em favor da causa. “”São encontros que promovem troca de experiências, reforçando o compromisso coletivo e o entendimento de que fazem parte de um sistema””, explicou a representante da Oficina de Idéias, consultoria que executa o Projeto Envolver, Michelle Ferreti.

“”Organização não é uma tática, é uma questão de sobrevivência. Se não existir organização em todos os níveis, em todas as esferas, será muito difícil mudar alguma coisa. O trabalho em rede também inibe entidades que não mudam a vida das pessoas. Elas deveriam ser consideradas criminosas, já que jogam o dinheiro público no ralo””, criticou.

Para saber mais sobre a Rede Social São Paulo e seus encontros, ligue para a Oficina da idéias, pelo tel (11) 3106 5888.

(Rodrigo Zavala)