O Projeto Vigilantes da Água, coordenado e desenvolvido pelo Fundo Cristão para Crianças, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, mobiliza atores sociais em prol do acesso à água potável. Os “”vigilantes da água”” são grupos de voluntários formados por moradores que desenvolvem ações permanentes de monitoramento da qualidade da água.

Para isso, eles utilizam kits simplificados para análises de indicadores da qualidade da água e material didático desenvolvido pelo Global Water Watch, instituição parceira do projeto. Devido aos promissores resultados obtidos no nordeste de Minas Gerais, o projeto foi reaplicado no estado do Ceará (município de Jaguaretama) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a instituição internacional Cáritas.

O projeto visa desenvolver práticas sistemáticas de educação ambiental quanto à qualidade da água para consumo humano e o manejo de recursos hídricos, a partir da capacitação de lideranças comunitárias. Os vigilantes estão inseridos no Programa de Desenvolvimento Humano Sustentável do Fundo Cristão para Crianças, o PDHS, que vem sendo desenvolvido nos últimos cinco anos.

O PDHS é um componente da ação programática do Fundo Cristão para Crianças voltado para a recuperação e manejo integrado de Microbacias Hidrográficas do Vale do Jequitinhonha. As ações já beneficiaram diretamente 25 comunidades, aproximadamente 1.000 famílias, e têm como objetivo promover o desenvolvimento local de comunidades rurais.

As atividades do projeto são coordenadas e desenvolvidas pelo Fundo Cristão para Crianças, associações locais conveniadas, o Global Water Watch (GWW), o Centro Internacional de Aquacultura e Ambientes Aquáticos, a Universidade de Auburn/EUA, prefeituras municipais e pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Dados – Estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado em novembro, indicou que a América Latina é a região em desenvolvimento que está mais próxima de alcançar antecipadamente o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio sobre o acesso à água potável e ao saneamento básico. A publicação indica que o número de pessoas que não tem acesso à água adequada para consumo caiu de 74 milhões para 50 milhões entre 1990 e 2004, o que representou um aumento da cobertura de 83% para 91%.