Microsoft defende ecossistemas no trabalho social
Por: GIFE| Notícias| 02/04/2007O lançamento do relatório social da Microsoft foi marcado por um debate que apontou os principais obstáculos para integrar as novas tecnologias a propostas de desenvolvimento social. Em vez de apontar números positivos de suas ações, a empresa preferiu promover um diálogo entre especialistas e representantes de projetos sociais que assiste.
Entre os convidados do encontro, realizado no último dia 27, em São Paulo, estava o diretor-executivo do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio. Segundo ele, as iniciativas de êxito são aquelas que promovem o uso coletivo de computadores e invistam no “”empoderamento das pessoas””. Isto é, em vez de serem apenas usuárias, elas passam ao utilizar as tecnologias como ferramentas de transformação social.
Ele defende seu ponto de vista com base em uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Os dados apontaram que 79% dos brasileiros nunca acessaram e 21% pelo menos uma vez. “”O que não significa dizer que estes últimos se conectem sempre. Mesmo assim, o que o IBGE mostra é que 50% dos que acessaram, o fizeram por meio de telecentros, escolas de cidadania e instituições de ensino. Esse parece ser o caminho para a inclusão digital””, explica.
Nesse contexto, estratégias para o aproveitamento escolar de tecnologias é uma das propostas da Microsoft. O programa Parceiros na Aprendizagem é um dos exemplos. Com o objetivo de qualificar alunos, professores e gestores nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a iniciativa está presente em 18 Estados brasileiros, onde a empresa tem acordos com governos locais, e beneficiou 13 milhões de pessoas.
Uma delas, a professora Edilamar Zago, vice-diretora da Escola Estadual Professor Isaac Schaiber, zona lesta de São Paulo. Trabalhando na periferia da cidade, a professora teve a oportunidade de participar do curso Liderança, Gestão e Tecnologias da Microsoft. A partir dele, inspirou-se para trabalhar com seus alunos usando o computador como ferramenta.
No entanto, um dos problemas maiores enfrentados pela professora era a precária infra-estrutura existente na escola, com poucos computadores e quase inexistente capacitação dos professores. Mesmo assim, ela conseguiu criar uma apresentação audiovisual para mostrar os alunos a situação de degradação do córrego Cipoaba, que passa ao lado da escola. “”O trabalho foi realizado com fotos tiradas pelos próprios estudantes e envolveu a comunidade””, contou a professora, presente no lançamento.
O trabalho recebeu o Prêmio Microsoft Educadores Inovadores 2007, que faz parte do programa Parceiros da Aprendizagem. No entanto, as dificuldades para o trabalho não foram poucas e dependeram, em grande parte, do esforço da professora. “”Não tínhamos scanner na escola, para digitalizar as fotos das crianças. Tive que fazer tudo em casa, depois da escola””, recordou.
O ponto importante da história, discutida durante o evento da Microsoft, é mostrar que mudanças são possíveis não apenas com a utilização do computador. São necessárias idéias inovadoras, pessoas capacitadas e, claro, vontade. Segundo o presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, o binômio educação e TI fazem parte de um ecossistema que permite o trabalho em rede. “”Mas o engajamento social depende exclusivamente das pessoas. A tecnologia é um meio””.
(Rodrigo Zavala)
Para saber mais sobre os trabalhos da empresa e conhecer o relatório, acesse: www.microsoft.com