Iniciativa investe na prestação de contas e transparência de ONGs

Por: GIFE| Notícias| 03/07/2008

Rodrigo Zavala

Iniciativa realizada pela organização não-governamental Parceiros Voluntários, do Rio Grande do Sul, pretende melhorar a prestação de contas e transparência das entidades que integram o terceiro setor. Financiado pelo Fundo Multilateral de Investimento (Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento Social (BID), o Programa Desenvolvimento de Princípios de Prestação de Contas e Transparência (PCT) foi lançado na última semana, em Porto Alegre.

“”O êxito dos projetos sociais depende da profissionalização na gestão e administração da instituição e somente dessa forma se pode assegurar níveis adequados de investimentos, doações, voluntariado e outras colaborações ao projeto””, analisa o presidente da Parceiros Voluntários, Maria Elena Pereira Johannpeter.

A propostas do programa piloto tem como bases, de um lado, a meta do BID de profissionalizar e aumentar a credibilidade e visibilidade do terceiro setor. De outro, a expertise do Parceiros Voluntários, que, desde 1997, vem desenvolvendo cursos para melhorar a gestão de organizações sociais.

Para custear a ação, o FUMIN/BID aportou o montante de US$ 400 mil. A outra metade para custear o Programa ficou a cargo da Parceiros Voluntários, por meio de agentes apoiadores. Para o desenvolvimento dos Princípios e a aplicação da metodologia, a ONG convidou o consultor especializado em Gestão Estratégica e Sustentabilidade, Homero Santos.

“”O Banco já criou esse projeto em outros três países (Chile, Espanha e Argentina) com o objetivo de descobrir se os investimentos sociais do setor privado estavam sendo bem utilizados. Eles escolheram nossa organização para começar esse trabalho no Brasil, porque terceiro setor no Rio Grande do Sul é o mais bem-estruturado””, recorda o Gerente de Gestão da ONG Parceiros Voluntários, José Alfredo Nahas.

O programa contará ainda com o apoio de um Conselho Assessor e um Comitê Técnico compostos pelo conselhos Regional e Federal de Contabilidade, Ministério Público Estadual, Receita Federal, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Controladoria Geral da União (CGU), Instituto Ethos e GIFE, entre outras e empresas e instituições sociais. Eles darão apoio e legitimidade às ações programadas pela iniciativa, uma espécie de consultoria estratégica.

50 ONGs

Com um conteúdo programático para três anos, o programa possui quatro eixos centrais de ação. No primeiro, o grupo de trabalho irá elaborar o “”Guia “”Diferentemente do colocado na reportagem “”Workshop mostra como alinhar investimento social privado em Educação””, do dia 30 de junho, a frase do diretor executivo do Instituto Camargo Corrêa, Francisco Azevedo, possui uma imprecisão.

No texto do redeGIFE, na reportagem consta: “”Deve ser criado um padrão de qualidade de serviço de educação, tal como cursos específicos de gestão para o corpo docente. Como se a escola fosse um negócio mesmo””.

Em nota enviada à redação, Azevedo explica:

“”Naquele momento eu estava como relator do Grupo 10, que trabalhou os temas: gestão e financiamento, ou seja, o que disse foi em nome do grupo e não em meu nome, ou em nome do Instituto Camargo Correa. A primeira frase do texto retrata realmente o que foi dito: “” Deve ser criado um padrão de qualidade de serviço de educação, tal como cursos específicos de gestão para o corpo docente.”” , porém a frase: “” Como se a escola fosse um negócio mesmo…”” não retrata a proposta feita pelo grupo.

O grupo imaginou que para atingirmos as metas do Todos pela Educação seria importante que os gestores das escolas públicas fossem devidamente capacitados e seria muito bom que houvessem cursos de gestão escolar de qualidade, nos moldes dos cursos de gestão que existem hoje em escolas de administração e negócios, porém, é claro, com suas devidas adaptações.

Em momento algum alguém do grupo disse literalmente que as escolas devem ser tratadas como um negócio e muito menos esta é minha visão ou a visão do Instituto Camargo Corrêa. Se houve esta interpretação, é possível que eu não tenha me expressado bem ao relatar as conclusões do grupo, ou que tenha dito algo semelhante, porém dentro de um contexto, de modo a reforçar a importância do gestor. Esta frase isolada, da forma como está, sem contextualizar a discussão, pode passar uma idéia falsa do que se pretendia dizer naquele momento””.

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