Neste momento de crise, acredite, a união faz a força

Por: GIFE| Notícias| 27/07/2009

Márcio Godoy*

Quando o Itaú se uniu ao Unibanco, Besc ao Banco do Brasil, Sadia com a Perdigão, Banco Votorantin ao Banco do Brasil, entre outros, chegou a hora de analisarmos: A união em momentos de crise dá uma oxigenada nos negócios? Traz novas oportunidades ao mercado?

Para aqueles que não acreditam que a união faz a força, começa a crescer os casos de City Group, GM, Lehman Brothers e AIG. Os Estados Unidos tem exemplo para quase todos os segmentos.

A grande ameaça à sobrevivência das marcas está dentro da própria empresa, mais precisamente na mesa dos executivos que têm a ingrata missão de encontrar saídas para a crise. No esforço de reduzir orçamentos e elevar suas vendas ao máximo, muitos deles acabam perdendo o senso de direção. Focam em táticas a curto prazo e se concentram na resolução de problemas meramente operacionais – onde cortar e quem cortar.

Uma montadora tradicional de veículos instalada aqui no Brasil é adepta a essa filosofia. Embora atue em um dos setores que mais sentiram o baque da crise, a montadora não suspendeu suas iniciativas de comunicação e branding, apenas reduziu seu orçamento e o focou em mídias e eventos que costumam dar resultados mais imediatos.

Hoje, esta mesma montadora tem uma verba perto de R$ 12 milhões para apoiar projetos nas diversas áreas, entre elas, Cultura, Esportes, Cidadania e Meio Ambiente, vindas das fontes de recursos.

Muitas outras empresas, por falta de conhecimento, deixam de utilizar um valor muito superior a este – dez vezes mais – ou seja, um vazamento de verba na casa dos 900%, por simples falta de conhecimento das Leis de Incentivos Fiscais.

No máximo em três anos as empresas serão praticamente obrigadas a criarem os seus departamentos de incentivos fiscais, pois, somente no Brasil, existem cerca de 800 fontes de recursos disponíveis com volume financeiro de R$ 65 bilhões ao ano.

Não está na hora das empresas conhecerem mais de perto as inúmeras Leis de Incentivos e fazer uso das mesmas? Ou seja, continuar vinculando suas marcas em projetos sociais, culturais, esportivos e outros, contribuindo também para a mudança da realidade social do país, sem mexer na verba destinada aos departamentos de Comunicação?


* Márcio Godoy é Diretor Executivo do Instituto Movimento Pró-Projetos

As opiniões deste artigo são de responsabilidade de Márcio Godoy.

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