Participantes do Pré-Vestibular Comunitário de Marabá (PA) posam para registro de tela durante uma das aulas.

Iniciativa da Fundação Vale e da Estação Conhecimento de Marabá, o Pré-vestibular Comunitário do município paraense teve início em julho deste ano, considerando todos os cuidados contra o coronavírus. Ao todo, 149 jovens participam das aulas com foco em vestibulares para faculdades estaduais, federais e ENEM, sendo o curso exclusivo para estudantes da rede pública de ensino, com 20 vagas destinadas especificamente à população indígena. O projeto acontece em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS) e investimento da POSCO e da Vale.

Ensino aplicado é inspirado no curso oferecido na Maré, no Rio de Janeiro

Com a metodologia de ensino inspirada no conjunto de favelas da Maré, no Rio, o projeto apoia estudantes de baixa renda e incentiva jovens de diferentes realidades à busca por um futuro mais promissor. Dos inscritos até o momento, 108 são mulheres, 124 autodeclaram-se pretos e pardos e os demais números refletem os demais grupos sociais e minorias. O projeto busca preparar os participantes a ingressarem em uma universidade, ampliando as possibilidades na educação de moradores de Marabá e regiões do entorno.

O professor de biologia do Pré-Vestibular Comunitário, Endrio Freire Lima, conta a importância de projetos sociais na inserção de jovens na faculdade e as principais dificuldade enfrentadas por aqueles que não podem pagar por um curso preparatório. “É muito bom saber que existem projetos que dão a oportunidade de os alunos conseguirem adquirir o conhecimento, pois na minha época eu não tive. Sempre falo para os alunos que ter uma pessoa que se responsabilize de passar conteúdo é uma oportunidade indescritível. Espero que todos os alunos consigam aproveitar a oportunidade”