Instituto Tecnológico Vale: contribuições para os estudos sobre Mudanças Climáticas e previsão de tempo

Por: Instituto Tecnológico Vale| Notícias| 25/10/2021

Parauapebas, Pará (PA), Brasil, 02/12/2020. A Floresta Nacional de Carajás. Foto: Ricardo Teles Parauapebas, Pará (PA), Brazil, 12/02/2020. Carajás National Forest. Photo: Ricardo Teles

Parauapebas, Pará (PA), Brasil, 02/12/2020. A Floresta Nacional de Carajás. Foto: Ricardo Teles
Parauapebas, Pará (PA), Brazil, 12/02/2020. Carajás National Forest. Photo: Ricardo Teles

No dia 1 de novembro começará a Conferência das Partes sobre o Clima – COP 26, em Glasgow, na Escócia. Líderes do mundo todo estarão reunidos para traçar estratégias que possam fazer frente ao maior desafio que a humanidade está enfrentando, as mudanças climáticas. O Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV DS) tem uma equipe de cientistas trabalhando com este foco. Josiane Martins, Gerente de Projetos de P&D e Relações Institucionais do ITV DS conta aqui qual a atuação da instituição para contribuir para o enfrentamento contra o aquecimento global.

Quais os focos do ITV para enfrentar a questão das mudanças climáticas?

Josiane Martins – Nosso papel, nesse contexto de mudanças climáticas, é produzir dados que possam contribuir para conhecer melhor o cenário nas regiões de atuação da Vale no Brasil para auxiliar no planejamento e nas decisões com vistas a curto, médio e longo prazo. O que vai acontecer se a temperatura do planeta aumentar dois, três, até seis graus? Nosso objetivo é fazer previsões assertivas para que as ações possam ser assertivas.  Fazemos esse estudo para as regiões de atuação da Vale no Norte (Carajás a São Luis), Sul/Sudeste e Centro-Oeste, além de Moçambique, país onde a empresa atua.

Pode dar um exemplo?

Josiane Martins – Os projetos que buscam conhecimento para para dar suporte aos desafios associados ao reflorestamento de áreas degradadas é um bom exemplo. Conseguimos, inclusive, uma patente do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), feita no ITV no mês passado. Trata-se de um algoritmo que seleciona áreas prioritárias para o reflorestamento no território da Bacia do rio Itacaiúnas por meio da correlação de parâmetros como o grau de desmatamento, áreas em recuperação, áreas de proteção permanente e outros. Fazemos o estudo para apoiar ações de reflorestamento do Fundo Vale.

A instalação de um radar meteorológico em Carajás também pode ser inserida nas ações do clima?

Josiane Martins – Sim. O radar responde previsões meteorológicas com assertividade no curtíssimo prazo em um raio de 100 Km, dependendo da tecnologia do radar. Na região Amazônica, temos poucos radares para cobrir uma área enorme, por isso o radar é muito importante para várias atividades no território. São os pesquisadores do ITV que apoiam a área operacional nas definições técnicas para este tipo de aquisição e  instalação.

Qual a importância de um radar meteorológico?

Josiane Martins – Quando se fala em meteorologia, estamos falando em segurança, inclusive de pessoal. As chuvas da floresta tropical são intensas, quando um temporal está para chegar, ações de segurança precisam ser tomadas, para isso é necessário assertividade e precisão na previsão, aí entra o radar.  Outra situação é a manutenção das ferrovias, atividade que não pode ser feita debaixo de chuva porque é inseguro. Temos também a questão da produtividade: o minério absorve água, e fica difícil gerenciar o manuseio dele. Outro uso importante do radar é no monitoramento das barragens: quando se sabe que vai haver um índice pluviométrico alto é possível fazer ações de gestão prévias.

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