Como parte do processo de difundir a cultura de boa gestão dos recursos financeiros de organizações sociais, o GIFE realizou no dia 4 de outubro, desta vez em São Paulo, o segundo encontro de disseminação do Código de Conduta para Gestão de Investimento de Fundos Patrimoniais e Organizações Sem Fins Lucrativos, traduzido e adaptado pelo GIFE a partir da publicação elaborada pelo CFA Institute (Estados Unidos).

Com versão nacional patrocinada pelo Instituto Camargo Corrêa, do Instituto C&A e do Instituto Hedging-Griffo, a publicação traz recomendações para uma boa gestão dos fundos patrimoniais, mas também para a gestão dos ativos de qualquer organização sem fins lucrativos. Além de ser um documento orientador, o Código ainda pode legitimar e dar proteção a organizações que gerem fundos patrimoniais, diante de um contexto em que se ausenta uma legislação específica sobre o tema e se vê necessário uma autorregulação do setor.

Para essa discussão, participaram o consultor técnico do Fundo Zona Leste Sustentável, Gabriel Ligabue, e o sócio-fundador da Endowments do Brasil, Felipe Sotto-Maior, além da mediação do secretário-geral adjunto do GIFE, Andre Degenszajn.

Eles discutiram sobre a responsabilidade e a decorrente preocupação sobre como são geridos os fundos patrimoniais, apesar de serem poucas as fundações que operam a partir de endowments, ou fundos patrimoniais perpétuos, numa tradução aproximada.

Segundo eles, existe um desafio no Brasil, no que tange os fundos patrimoniais de fundações familiares e empresariais, que é o reconhecimento do seu papel ativo no fortalecimento das organizações da sociedade civil no Brasil. Mais: em que ponto, ao se trabalhar com um fundo a longo prazo, quão importante é a dinâmica entre a demanda por recursos aos projetos de uma instituição e a perpetuidade do patrimônio.
Saiba mais sobre os eventos de disseminação do GIFE.

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