Programa “Ancestralidades de valorização à pesquisa” apoia pesquisas de pessoas negras e indígenas
Por: Fundação Itaú| Notícias| 01/07/2024Exclusivo para pretos, pardos e indígenas, o programa lançado pelo Itaú Cultural e a Fundação Tide Setubal contemplará até 12 projetos em andamento ou concluídos com apoio financeiro
O Itaú Cultural e a Fundação Tide Setubal estão com inscrições abertas para a segunda edição do programa Ancestralidades de valorização à pesquisa, que em 2024 tem como tema “meio ambiente e raça”. Serão selecionados até 12 estudos e pesquisas – em andamento ou finalizados – que abordem territórios e territorialidades, ecologia, bens da natureza, conservação ambiental urbana e rural e adaptação climática, que enfrentem o racismo e todas as formas de violência correlatas.
O programa é direcionado para pessoas físicas pretas, pardas e indígenas. Os candidatos devem ser maiores de 18 anos, brasileiros natos, naturalizados residentes no Brasil ou estrangeiros com residência fixa no país há mais de dois anos, estudantes ou integrantes ou associados a centros de pesquisa, universidades, Organizações da Sociedade Civil, coletivos, instituições e observatórios. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em ancestralidades.org.br.
Para se inscrever, é preciso preencher uma ficha no site do Ancestralidades no período determinado, incluindo o projeto, uma apresentação em vídeo de até dois minutos e o comprovante do vínculo com universidades, coletivos etc. O resultado será publicado neste mesmo endereço em 8 de novembro.
São duas categorias: “Pesquisa e estudo em andamento”, com premiação de R$ 12 mil, e “Pesquisa e estudo concluído”, com valor de R$ 18 mil. Na segunda opção, também serão aceitos trabalhos em formatos digitais e/ou audiovisuais, tais como registros fotográficos, sonoros e de memória oral; documentários; sites; aplicativos; entre outros. Uma única pessoa pode se inscrever em ambas as categorias, de forma separada, mas será aceito apenas um projeto em cada uma. Será selecionado apenas um trabalho por candidatura. O prêmio para “Pesquisa e estudo em andamento” é de R$ 12 mil, enquanto para “Pesquisa e estudo concluído” é de R$ 18 mil.
Sobre o tema
A segunda edição do Ancestralidades de valorização à pesquisa foca em projetos práticos-teóricos que traduzam outras perspectivas de relação sujeito-objeto-natureza, em que seres vivos e não vivos sejam considerados e respeitados nas diferentes escalas da natureza. Os projetos devem produzir conhecimentos que estimulem a ideia do bem viver, em territórios urbanos e rurais, diante dos efeitos e impactos das mudanças climáticas.
O chamamento dialoga com projetos ecológicos e de convivência inovadora, com análises sistemáticas e resultados práticos de enfrentamento às práticas de racismo e outras formas de discriminação que aprofundam as desigualdades raciais no Brasil. O intuito é mapear e fortalecer as redes de pesquisa e estudos em torno das iniciativas em práticas científicas e tecnológicas inclusivas. O foco são as estratégias de luta e resistência à opressão sistêmica que impacta as condições de vida das pessoas negras e indígenas nas comunidades periféricas urbanas, comunidades e territórios quilombolas, comunidades de povos de matriz africana e de povos originários, e demais comunidades tradicionais, em todas as esferas do direito corporal, territorial e das territorialidades.
Os trabalhos também precisam se enquadrar nas seguintes temáticas: territórios e territorialidades; ecologia; bens da natureza; conservação ambiental urbana e rural; e adaptação climática. De acordo com a curadoria do programa, são buscados projetos ligados ao combate ao racismo, assim como iniciativas que pensem relações de respeito com a natureza. Há um interesse especial em inscrições de mães, pessoas trans, pessoas com deficiência (PCD) e refugiados residentes no Brasil.
Ancestralidades de valorização à pesquisa 2024 – meio ambiente e raça
inscrições até 14 de junho, às 17h
acesse o edital
saiba mais e inscreva-se em ancestralidades.org.br