Guia inédito sobre saúde pública é lançado para apoiar cidadãos em eleições municipais

Por: Umane| Notícias| 23/09/2024

Produzido pela Rede de Parceiros, idealizada pela Umane, junto com a Contente, organizações apartidárias, o guia está disponível online e pode ser baixado gratuitamente

São Paulo, 17 de setembro de 2024 – Rede de Parceiros Comunidades + Saudáveis, idealizada pela associação Umane ecomposta por mais 13 organizações do ecossistema de saúde pública no Brasil, uniu-se à Contente, veículo que pauta e aprofunda conversas, para lançarem hoje o guia #asaúdequeagentequer, com o objetivo de apoiar os eleitores a elegerem pessoas candidatas nas eleições municipais que se preocupam com a saúde pública e possuem propostas concretas para o tema. O guia está disponível online e pode ser baixado gratuitamente por meio deste link.

A proposta da iniciativa é estimular uma escolha consciente às pessoas eleitoras com o mote “combinar a saúde que queremos com a gestão pública que precisamos”. O guia explica como funciona o SUS, dá visibilidade de quais as responsabilidades das gestões municipais no âmbito da Prefeitura e da Câmara dos Vereadores e tem como destaque um questionário abrangente para auxiliar o eleitor a analisar se o seu candidato ou a sua candidata tem propostas claras, detalhadas e se preocupa com os principais aspectos necessários para melhorar a saúde pública da sua cidade.

O guia é assinado pelas instituições parceiras da Umane e que compõem a Rede de Parceiros Comunidades + Saudáveis: ImpulsoGovInstituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS)Instituto de Responsabilidade Social Sírio-LibanêsInstituto Desiderata e Vital Strategies.
 


página online para acessar o guia oferece, também, mais conteúdos sobre eleições e saúde pública, um espaço com documentos para que as pessoas possam se aprofundar nos temas, além de mensagens feitas por referências em saúde pública no Brasil. Confira:

  • “Diversas cidades brasileiras têm demonstrado que é possível atingir bons indicadores de saúde, mas infelizmente esta não é a realidade de todos. Se um candidato desconhece indicadores de saúde, sua relação com desafios do SUS e outras questões do território, não saberá onde precisa melhorar gestão e eficiência, e onde precisa de fato investir na ampliação da rede de atendimento e cobertura. Ao considerar as propostas de saúde na hora de votar, você estará contribuindo para que sua cidade também possa alcançar melhores resultados nos próximos anos.” Evelyn Santos, gerente de parcerias e novos projetos da Umane.

    “É crucial que os eleitores considerem a saúde ao escolher candidatos nas eleições municipais. O(a) candidato(a) deve ter propostas claras e baseadas em evidências científicas para melhorar a saúde das famílias vulneráveis. Além disso, ele(a) deve reconhecer a importância de enfrentar os aspectos socioeconômicos, comerciais e ambientais que afetam a saúde física e mental da população.” Cesar Victora, professor Emérito da UFPel e coordenador do Centro Internacional de Equidade em Saúde
     
  • “É fundamental que o eleitor avalie cuidadosamente as propostas de candidatas e candidatos com uma perspectiva de defesa do SUS e com a consciência de que todas as pessoas são impactadas pelas políticas públicas de saúde. Isso não apenas quando falamos de acesso à assistência, mas na forma como as cidades são pensadas para promover a saúde da população, seja na oferta de saneamento básico, no incentivo a mobilidade ativa e prática de atividades física, no monitoramento da qualidade do ar, entre tantos outros fatores que contribuem com uma boa saúde.” Luciana Sardinha, Diretora Adjunta de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Vital Strategies
     
  • “A saúde é um direito fundamental, mas ainda enfrentamos desafios significativos no acesso ao cuidado, que afetam vidas diariamente. Os municípios têm um papel crucial no trabalho na ponta, especialmente nos cuidados básicos, prevenção de doenças e serviços de saúde mental – estes últimos frequentemente negligenciados. Avaliar a concretude das candidaturas nas propostas para a saúde pública é essencial para garantir que mais pessoas possam acessar esse direito.” João Abreu, co-fundador e diretor executivo da ImpulsoGov
     
  • Além de ser o que cada um de nós tem de mais valioso, a saúde também precisa de um olhar atento por parte dos nossos governantes. Como principais responsáveis pelas políticas públicas, eles também são os garantidores da saúde do nosso SUS e por permitir que a população tenha o seu direito à saúde efetivado. Por isso, as eleições municipais são um momento crucial para eleger apenas quem coloca a saúde como prioridade. A nossa escolha para as Prefeituras e Câmaras Municipais é também um voto de confiança em uma saúde pública que faça a sua comunidade viver mais e melhor.” Rebeca Freitas, Diretora de Relações Institucionais do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS)
     
  • Em qualquer eleição, procuro votar em candidatos cuja agenda prioritária seja relacionada à saúde e à educação. Entendo que reduzir as iniquidades no acesso à saúde e educação de qualidade são fundamentais na construção de uma sociedade mais justa e menos desigual.” Fernando Wehrmeister, docente da UFPel e coordenador do estudo de Coorte de Nascimentos de 1993 em Pelotas (RS)
     
  • As prefeituras são responsáveis por diferentes ações que impactam diretamente a vida e a saúde das pessoas. No SUS, organizam, por exemplo, a Atenção Primária à Saúde – o primeiro contato dos indivíduos com os serviços de saúde. Também determinam políticas de segurança alimentar e nutricional. Ao votar em vereadores e prefeitos, é importante se atentar a candidatos compromissados com o fortalecimento da estratégia de saúde da família, que garantam unidades básicas de saúde nos territórios, com equipes multiprofissionais, e também com o Guia Alimentar para a População Brasileira. Vale questionar se há propostas para, por exemplo, estabelecer hortas urbanas e cozinhas solidárias, proibir ultraprocessados nas escolas, promover a agricultura familiar em ambientes rurais.” Patrícia Jaime, coordenadora científica do Nupens/USP e professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP
     

Sobre a Umane
Umane é uma associação civil, independente, isenta e sem fins lucrativos que apoia iniciativas no âmbito da saúde pública com o objetivo de contribuir para um Sistema Único de Saúde (SUS) mais resolutivo e de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem no Brasil. Em 2023, a Umane apoiou 19 projetos, realizados de forma colaborativa com 53 parceiros, entre diversos setores da saúde, da sociedade civil e do poder público.

A atuação da Umane se dá por meio de três programas: o de Atenção Integral às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), com iniciativas de controle dos fatores de risco, rastreamento, ampliação do acesso à saúde e ao monitoramento dos fatores de risco na Atenção Primária à Saúde; o Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado no SUS, por meio do apoio a iniciativas que visem melhorias operacionais, de produtividade de equipes, de integração de serviços e da incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde e o programa Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, financiando programas que acompanhem e monitorem desfechos desfavoráveis durante a gestação e as condições de saúde de crianças e adolescentes no contexto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e dos fatores de risco.

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