Assembléia Geral do GIFE marca definição dos novos conselhos e estatuto social

Por: GIFE| Notícias Institucionais| 20/06/2005

MÔNICA HERCULANO
Repórter do redeGIFE

Aconteceu nesta quarta-feira (22/6), em São Paulo (SP), a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária do GIFE. O evento teve caráter histórico, pois marcou o início das comemorações dos 10 anos do GIFE, que se estenderão até maio de 2006. Além de ter sido o momento em que foram definidos os novos nomes dos conselhos diretor e fiscal da organização, foi analisado e aprovado o novo Estatuto Social da Rede GIFE de Investimento Social Privado.

O atual Conselho Diretor, eleito em 2002, construiu por consenso uma proposta de chapa de conselheiros para a gestão 2005-2007. Cinco eixos de atuação foram definidos: fortalecer a rede GIFE, por meio de novos mecanismos de gestão e organização das atividades, o que inclui um Estatuto Social renovado; aumentar seu perfil político, com atuação mais pró-ativa em relação aos marcos legal e fiscal do terceiro setor e às políticas públicas associadas às atividades dos associados; favorecer alianças, parcerias e redes; garantir sustentabilidade política e econômica da organização, por meio, entre outros, do aumento da base associativa, proporcionando sua efetiva representatividade do setor de investimento social privado do país; e consolidar o Fundo Patrimonial do GIFE.

Para formar a chapa, foram estabelecidos alguns princípios que buscassem garantir a capacidade de atingir essas metas. A inovação mais significativa é a inclusão de empresários-mantenedores das organizações associadas entre os membros do conselho. Os outros critérios foram: efetiva representatividade da rede de associados, considerando-se tempo de associação, região de localização do associado, área temática de atuação e porte do investimento social privado; equilíbrio entre renovação dos membros do Conselho e permanência de parte destes, para resguardar a continuidade de processos e garantir novos rumos e visões; equilíbrio de gênero; e inclusão de participantes históricos do processo de construção do GIFE.

“”Nossa proposta, que vem sendo desenvolvida desde que assumi a presidência do Conselho Diretor, no ano passado, é de fortalecer o GIFE enquanto organização de pensamento, de ação política e de relacionamento no campo do investimento social privado. Nosso foco tem sido sempre consolidar o GIFE como uma rede, que reúne as melhores iniciativas de investimento social privado do país””, afirma Hugo Barreto, presidente do GIFE e secretário geral da Fundação Roberto Marinho.

Ao comemorar seus 10 anos, diz ele, o GIFE está em um momento adequado para uma reorganização estrutural e para um redesenho da sua administração e de sua governança. “”Esta necessidade é que nos leva a propor à Assembléia um novo estatuto social para o GIFE, que o prepare para os desafios dos próximos 10 anos. Queremos ampliar a representatividade do GIFE junto aos principais atores sociais do país e ao conjunto dos associados da organização. Por isso, a ênfase na sua organização enquanto rede.””

Miguel Krigsner, presidente de O Boticário e membro da chapa, defende que esta é uma oportunidade para ampliar a rede, disseminar os princípios do investimento social privado e aumentar a atuação e a capacidade de influenciar decisões em todos os setores da sociedade. “”O GIFE construiu uma bela história nestes 10 anos e se consolidou como a principal referência no que se refere à aplicação de recursos de fontes privadas em benefício público. Essa trajetória deve ser respeitada e valorizada, como inspiração e como motivação para os novos projetos que pretendemos desenvolver””, afirma.

Ele diz que os novos conselheiros devem dedicar esforços à consolidação do Marco Legal do terceiro setor, atitude e compromisso anteriores a que darão continuidade. “”Sinto-me feliz em fazer parte deste importante momento para o GIFE e para o investimento social privado no Brasil. Conseguimos formar um grupo que reúne membros históricos da instituição e renova seus quadros, além de contemplar diversas áreas de atuação. Isso é fundamental para dar continuidade aos processos iniciados pelo GIFE e fortalecê-los de modo a prestar uma efetiva contribuição para o desenvolvimento do país.””

Outro membro da nova chapa, o presidente da Fundação Telefônica, Sérgio Mindlin, acredita que a diversidade no novo conselho é importante em duas dimensões: em primeiro lugar porque, com a experiência que todos têm onde trabalham e nos conselhos que integram, podem levar importantes temas a serem discutidos; e, em segundo lugar, porque também poderão levar para suas organizações materiais e reflexões geradas nos encontros deste conselho. “”É uma forma de estar sempre antenado às discussões mais recentes no que diz respeito a Investimento Social Privado””, afirma.

Mindlin acredita que o foco do investimento social privado nos próximos 10 anos é mostrar às organizações sociais que sua preocupação principal deve ser, de fato, atingir o bem comum, cumprir sua missão social de contribuir para o desenvolvimento de forma ética, tendo sempre o amparo legal a seu favor. “”Atingir a missão social a que se propõe deve ser sempre a primeira das metas das organizações sociais, e não colocar o foco em si própria, como, por vezes, acaba acontecendo.””

Álvaro Antônio Saldanha Machado, presidente da Fundação Belgo-Mineira, acredita que essa composição mais eclética do conselho deve contribuir para a “”oxigenação”” do próprio conselho e da organização. “”Idéias e visões novas trazidas pelos conselheiros ora entrantes certamente proporcionarão ao GIFE condições de dar um salto de qualidade nas suas operações e proposições para o terceiro setor e a sociedade. É necessário equacionar de maneira definitiva a questão da sustentabilidade econômico-financeira da instituição””, explica.

Atual conselheira do GIFE e membro da nova chapa, Ilona Becskeházy, superintendente da Fundação Lemann, lembra que o terceiro setor está cada vez mais profissionalizado e, com o aumento dos investimentos, a exigência por resultados e transformações sociais também aumenta. “”O GIFE tem que estar preparado para ser o farol de referência para o investimento social privado e precisa de um conselho à altura do desafio.””

Segundo ela, o novo conselho deve acelerar o aumento da competência técnica e profissional entre os associados, disseminar os resultados da rede e atrair novos investidores. “”O Brasil nunca será uma democracia realmente solidificada enquanto a sociedade não tomar para si a responsabilidade de seus indicadores sociais. E para fazer isso, é importante saber investir no social.””

Albanisa Lúcia Dummar Pontes, diretora executiva da Fundação Demócrito Rocha, que também compõe o atual conselho e a nova chapa, acredita que esta é uma oportunidade de fazer uma releitura com os fundadores da sua razão de ser, sob a ótica de conselheiros que representam papéis diferentes nas suas organizações de origem. “”É um desafio, pois deveremos representar os anseios da rede de associados e a sua vontade de colaborar efetivamente para a melhoria da sociedade brasileira. A aproximação e expansão com qualidade da rede de associados no país deverão ser prioridades no trabalho dos novos conselheiros””, afirma. Segundo ela, é importante buscar dar maior visibilidade ao trabalho realizado pelos associados e o impacto social causado, com representatividade institucional nas instâncias de definição de políticas públicas nas mais diversas áreas de atuação.

Contribuir com as experiências pessoais, compartilhando vivências e fortalecendo a rede para que a gestão do GIFE possa corresponder às expectativas dos associados e potencializar resultados é o que Denise Aguiar, diretora executiva da Fundação Bradesco, vê como papel importante dos novos conselheiros. “”O perfil do novo conselho deverá favorecer esse fortalecimento, pois contemplou a diversidade e uniu a experiência ao potencial de inovação e empreendedorismo, o que representa bem a diversidade de toda a rede de associados.””

Também fazem parte da chapa Olinta Cardoso, diretora superintendente da Fundação Vale do Rio Doce, Francisco Azevedo, representante para a região Sudeste e Distrito Federal da Fundação Avina, e Evelyn Ioschpe, diretora-presidente da Fundação Iochpe.

Financeiro – Durante a Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária também serão apresentados os eixos e prioridades da nova direção executiva do GIFE e o parecer do Conselho Fiscal, para análise e aprovação das contas do exercício 2004.

O superintendente da Fundação Romi, Liu Fat Kam, que fez parte do Conselho Diretor do GIFE nos últimos seis anos e faz parte da chapa para o novo Conselho Fiscal, diz que este assumirá funções semelhantes à de uma controladoria. “”Isso implica em um acompanhamento rotineiro do desempenho econômico financeiro da instituição, orientando, alertando e aconselhando o conselho de governança nos assuntos pertinentes.””

Representante da nova geração de conselheiros, Sílvia Morais, diretora executiva do Instituto Hedging-Griffo, participou do Programa Trainee GIFE (PTG) e entende que o GIFE, assim como o investimento social privado brasileiro, está numa fase mais madura. “”Um conselho com pessoas e organizações que fizeram a história do GIFE e muitas novas, que nasceram como fruto dessa história e vêm com visões renovadas, tem o equilíbrio necessário para os novos desafios da organização””, afirma.

Para ela, o novo Conselho Fiscal deve promover e estar aberto ao diálogo com o Conselho Diretor. “”Os conselhos precisam trabalhar em parceria, refletir e construir conjuntamente. A sustentabilidade de qualquer organização é responsabilidade de todos os envolvidos, principalmente dos conselhos, por terem legitimidade na representação dos associados””, lembra.

Participar deste processo significa poder colaborar não somente na análise dos resultados da instituição, mas, principalmente, compartilhar idéias e experiências já testadas, de acordo com Joel Stuque, presidente do Instituto Criança Cidadã (ICC) e que já compunha o Conselho Fiscal do GIFE. “”Nossas análises devem ir além da contabilidade tradicional. Sabemos que o terceiro setor produz muitos resultados intangíveis, razão pela qual, podemos e devemos participar da fixação das políticas do GIFE. Desta forma estaremos assegurando aos sócios da instituição eqüidade, transparência, prestação de contas (accountability) e responsabilidade pelos resultados, como preconiza a boa governança corporativa.””

Para Laura Oltramare, superintendente de responsabilidade social do Banco Real ABN Amro, participar da nova composição do Conselho Fiscal do GIFE é uma oportunidade para compartilhar experiências e poder contribuir mais com o desenvolvimento social do país. “”O GIFE é uma instituição que, ao longo de sua história, tem desempenhado um importante papel junto aos institutos, fundações e empresas, para a qualidade do investimento social. Entendo que o novo Conselho Fiscal pode exercer um papel diferenciado, participando dos fóruns de debates e decisões sobre as diretrizes da organização e mantendo diálogo constante com os membros da diretoria, tendo em vista os objetivos estabelecidos para sua atuação.””

Rodrigo Aranha, responsável pela área de Recursos Humanos do JP Morgan, afirma que deseja contribuir com os conhecimentos financeiros do banco no crescimento e desenvolvimento do GIFE. “”Este novo Conselho Fiscal já se propõe, desde início, a ter uma atuação mais próxima ao Conselho Diretor, focando especialmente no desenvolvimento de ações que visem a sustentabilidade do GIFE. Desta forma, a minha participação e dos demais conselheiros poderá ser muito mais efetiva e produtiva para o desenvolvimento das futuras atividades e ações da organização.””

Reginaldo Camilo, da Fundação Itaú Social, também faz parte da chapa do novo Conselho Fiscal.

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