Atallah Kuttab é o novo chairman da WINGS

Por: GIFE| Notícias| 28/01/2013

Membro fundador do Fundo Árabe de Direitos Humanos e membro fundador do Fórum de Fundações Árabe, o novo chairman da WINGS, Dr. Atallah Kuttab conversou com o redeGIFE sobre seus próximos desafios como uma liderança global do setor. Kuttab, que é Ph.D. em engenharia civil pelo Imperial College of Science and Technology, da Universidade de Londres, serviu a Save the Children por 11 anos, mais recentemente como Gerente Regional Médio Oriente, cobrindo operações na Palestina, Egito, Líbano e Jordânia. Atualmente é também presidente da SAANED, organização sem fins lucrativos que atua para o Desenvolvimento Sustentável na Região Árabe.

Confira a entrevista:

redeGIFE: Qual o principal desafio que você espera encontrar no primeiro ano como chairman?
Atallah Kuttab: A transição do meu antecessor Fernando Rossetti é suave, já que temos trabalhado juntos durante os últimos cinco anos, incorporando e configurando a WINGS como a sede fixa no Brasil. Além disso, eu tenho a sorte por ter trabalhado com muitos, se não todos, os membros do Conselho presente e, portanto, o próximo ano será com base no bom trabalho dos anos anteriores, sem perder o ritmo. O principal desafio da WINGS nos próximos dois anos será fortalecer seus programas com claros benefícios para os seus membros e a preparação eficaz para o WINGSForum 2014, que é um evento chave realizado pela WINGS uma vez a cada quatro anos.

rG: Você é o 4º chairman. Qual é a herança deixada pelos líderes que passaram pela WINGS?
AK: O principal legado é a formalização da WINGS, que cresceu para ser a rede mundial de redes no setor de filantropia, dando uma voz forte para os seus membros do hemisfério sul na definição do contexto global da filantropia. Ao longo dos anos, a WINGS, fortalecida da filantropia e da cultura de doação através da aprendizagem mútua e apoio, partilha de conhecimentos e desenvolvimento profissional dos seus participantes. O fato da WINGS ter sido sediada agora em um local definitivo, o Brasil, e não estar em constante mudança a cada quatro anos, como era no passado, significa que a continuidade institucional é assegurada.

rG: Como espera lidar com os diferentes conceitos de filantropia no mundo, com culturas diferentes, e ainda assim, produzir conhecimento global?
AK: A WINGS possui vários projetos para desenvolver e produzir conhecimento global, seja sob a forma do nosso Relatório Global sobre a Filantropia Institucionalizada, o Relatório Global sobre Fundações Comunitárias ou banco de dados global sobre filantropia em todas as diferentes regiões ao redor do globo. O papel da WINGS é destacar a diversidade e especificidade das várias regiões e incentivar a aprendizagem mútua, que enriquece as práticas da filantropia. A WINGS também se esforça para dar voz e visibilidade a organizações filantrópicas em nível mundial, desempenhando um papel claro de liderança política e refletindo o desenvolvimento da filantropia global.

rG: Qual a vantagem de ter a WINGS sediada no Brasil? Nesse contexto, qual a vantagem de você trabalhar em outro país?
AK: O fato da WINGS ter sua sede fixa no Brasil é uma declaração “”política”” do nosso Conselho de que o Sul tem um papel fundamental a desempenhar na definição da filantropia no futuro. Claro que, como um produto, contribui para dar mais visibilidade ao Brasil na comunidade global. Por exemplo, a WINGS está organizando uma consulta global em dados de filantropia, e como o escritório da WINGS está no Brasil, a reunião acontecerá no Rio de Janeiro.
Normalmente organizamos eventos com parceiros locais. Neste caso, a reunião conta com o apoio do Instituto C&A do Brasil e da Fundação Roberto Marinho. Esta é uma grande oportunidade para os participantes do exterior saberem mais sobre a filantropia no Brasil e para o próprio setor no Brasil, que poderá aproveitar a relações com colegas de fora. O fato de que eu estou na Jordânia é ainda outra indicação de que somos uma organização global e que operamos em todo o mundo, dando uma ênfase em vozes do chamado “”Sul global””.

rG: Como você vê a participação brasileira no cenário da filantropia global?
AK: A WINGS tem dois membros ativos do Brasil: GIFE e IDIS. Ambas têm uma forte presença no cenário internacional e são altamente consideradas pela comunidade filantrópica global. O investimento social é um campo em crescimento no Brasil, com algumas tendências exclusivas, especialmente quando se trata de engajamento do setor privado. Muitos membros da WINGS estão interessados em aprender com essa experiência tão singular. Com a facilitação da WINGS, tanto GIFE e IDIS podem desempenhar um papel chave na propagação de lições aprendidas com a experiência do Brasil para o resto do mundo.

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