Em junho, o Instituto Criança é Vida apresentou o que chamou de “”lucro social””. Com base em um trabalho de mensuração realizado pela PriceWaterhouseCoopers, a organização divulgou o número exato de instituições atendidas, agentes de saúde treinados e famílias participantes de seus projetos. Em 2004, o instituto atendeu 9.904 famílias, treinou 512 agentes de saúde e realizou projetos em 91 instituições. Cerca de 24 mil crianças foram beneficiadas no ano.

A PriceWaterhouseCoopers já realizava a auditoria das demonstrações financeiras do Instituto Criança é Vida. Em entrevista ao redeGIFE, a diretora superintendente da organização, Regina Stella Schwandner, fala sobre a idéia e a importância de ter uma auditoria externa como esta para a aferição dos resultados de projetos sociais.

redeGIFE – Por que o Instituto resolveu adotar uma auditoria externa, reconhecida por seu trabalho no segundo setor, para fazer a mensuração de seus resultados?
Regina Stella Schwandner – O Instituto Criança é Vida já contava com a PriceWaterhouseCoopers para a auditoria de seus números financeiros. Escolheu uma auditoria de renome internacional justamente pela aceitação em outros países. A grande novidade de 2004 foi ter solicitado à Price para verificar e endossar alguns de seus indicadores sociais como: instituições beneficiadas, agentes de saúde treinados e famílias participantes dos projetos.

redeGIFE – De que maneira isso pode ajudar na melhoria do trabalho da organização num modo geral?
Regina – Solicitar a verificação de uma empresa como a Price faz com que a instituição se organize cada vez mais. É preciso ter controles apurados durante todo o ano para que a verificação seja possível sobre o exercício já fechado. Na realidade, o que buscamos com toda esta medição de indicadores é credibilidade. Acreditamos que é tremendamente importante dar esta satisfação a todas as empresas, organizações e pessoas físicas que apóiam financeiramente as atividades do instituto.

redeGIFE – Quais as principais dificuldades que vocês encontravam na mensuração dos resultados dos projetos?
Regina – A maior dificuldade vem da organização das próprias instituições e também das eventuais oscilações em presença ou participação que ocorrem durante o ano. Algo que é previsível e faz parte de qualquer relacionamento entre organizações envolvendo pessoas e profissionais.

redeGIFE – Existe algum acompanhamento direto de alguém de dentro do Instituto no trabalho da auditoria?
Regina – Sim, o trabalho de verificação da equipe de auditores é feito dentro do Instituto Criança é Vida. Nossa equipe fica à disposição para esclarecer qualquer ponto que se faça necessário.