A cidade de Belém (PA) terá 222 dias com calor extremo em 2050, e seis meses de calor extremo até 2050. A projeção faz parte de uma análise feita pelo The Washington Post e pela CarbonPlan, uma organização que desenvolve publicamente dados e análises climáticas. A pesquisa mostra os efeitos do calor extremo em diversas partes do mundo, alertando para os riscos à saúde humana.

Em 2025, Belém sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30). 

O estudo aponta a probabilidade de que até 2050, mais da metade da população do planeta estará exposta a pelo menos um mês de calor extremo. A métrica utilizada para o cálculo combina temperatura, umidade, luz solar e vento. 

Os países mais afetados serão os mais pobres, localizados em regiões já quentes e menos preparados para lidar com tais condições. Como o Sul da Ásia e a África Subsariana, que carecem de ar condicionado generalizado e de sistemas avançados de cuidados de saúde.

Pessoas que trabalham ao ar livre, sob o sol, estão entre os grupos mais afetados, sendo atingidos por doenças renais, ataques cardíacos, derrames e até doenças mentais. Vale ressaltar que países mais quentes têm grande concentração dessa categoria.