Brasil cai no ranking mundial de solidariedade, segundo “World Giving Index 2013”

Por: GIFE| Notícias| 16/12/2013

Divulgado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), no Brasil, o estudo britânico “World Giving Index 2013 – Uma visão global das tendências de doação” mostra que o país passou do 83° para 91º lugar, o que o classifica como a nação menos generosa da América do Sul, ao lado da Venezuela.

Os dados foram encomendados pela organização britânica Charities Aid Foundation (CAF) ao instituto de pesquisa Gallup World Pool. No entanto, de maneira geral, é difícil gerar grandes conclusões a respeito do que foi publicado. O que é perceptível é o fato de não haver uma correlação direta entre riqueza e doação, ao redor do mundo. Além disso, também se percebe que há uma predominância entre países de origem anglo-saxônica ocupando o topo do ranking.

O levantamento é considerado o mais abrangente do mundo no que diz respeito à doação. Para tanto, foram ouvidas 155 mil pessoas em 135 países (dados coletados em 2012), considerando três indicadores de doação: o percentual de pessoas que, em um mês típico, doam dinheiro para organizações sociais; realizam atividade voluntária; ou ajudam desconhecidos.

Sobre o Brasil, o “World Giving Index 2013”revela que 23% dos brasileiros afirmaram ter doado dinheiro para organizações sociais, o que representa queda de 1% em relação ao ano anterior, e que 42% ajudaram desconhecidos, 2% a menos do que o registrado no relatório de 2012. Quanto ao gênero mais benevolente, as mulheres saem na frente: 26% delas doam dinheiro, contra 20% dos homens, e 15% fazem trabalho voluntário, contra 11% deles.

O “World Giving Index 2013” é um relatório amplo e consistente que revela tendências diversas que merecem ser conhecidas e avaliadas. O estudo traz ainda uma série de recomendações para governos, empresas, indivíduos e organizações da sociedade civil. A ideia é que, em um momento de incertezas e grandes mudanças econômicas, os diferentes atores do setor filantrópico possam desempenhar um papel ativo no apoio a organizações sociais. Isso permitirá que tais organizações sobrevivam e se desenvolvam mesmo durante períodos de crise, e possam, assim, continuar oferecendo à sociedade serviços que não são prestados por governos ou pelo setor privado lucrativo.

O relatório completo encontra-se disponível, no idioma inglês, aqui.

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