No mês de julho, Brasília (DF) vai sediar a Conferência Regional das Américas, um evento para discutir iniciativas no continente americano para o combate à discriminação contra afrodescendentes, indígenas, homossexuais e deficientes físicos. O objetivo é avaliar as medidas adotadas nos últimos seis anos para deter o preconceito.

A conferência estava programada para ocorrer em março, mas foi reagendada para 26, 27 e 28 de julho. Ele acontece cinco anos depois da Conferência de Durban, na África do Sul, onde delegações de 173 países, 4 mil organizações não-governamentais e mais de 16 mil participantes discutiram o combate ao preconceito, em setembro de 2001. Nesse encontro mundial, por exemplo, foi idealizada a proposta de criação de cotas para estudantes negros nas universidades brasileiras.

Antes da Conferência de Durban, ocorreu uma reunião preparatória das Américas, em Santiago, em dezembro de 2000. Nela, os países americanos se comprometeram a tomar iniciativas para combater o racismo e todas as formas de discriminação. A reunião em Brasília será um encontro para avaliar o andamento dessas medidas, segundo a assessora para assuntos internacionais da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Magali Naves.

Os detalhes da organização do evento estão sendo discutidos nesta semana. O coordenador da Unidade de Luta contra a Discriminação do Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, José Dougan Beaca, esteve no Brasil para formalizar seu apoio à conferência regional e para definir com as autoridades brasileiras qual será o papel das Nações Unidas nesse processo.