Campo educacional no Brasil passa por reestruturação e gera boas expectativas, diz Ricardo Henriques

Por: GIFE| Notícias| 26/02/2024
educação - jovem em sala de aula

A educação é a área temática que mais recebe recursos do investimento social privado (ISP) no Brasil, como reforçou os dados do último Censo GIFE 22-23. Empenho que se mostra importante em meio aos gargalos que a área educacional ainda enfrenta no país, como mostram os dados do Censo Escolar da Educação Básica 2023, divulgados na quarta-feira (22). De acordo com o levantamento,  no último ano a rede pública perdeu 500 mil alunos. 

“O ISP [Investimento Social Privado] tem algumas funções importantes, dentre elas conseguir estabelecer a sua justa medida de parceria criativa com o setor público, entendendo que a responsabilidade sobre a qualidade da educação pública é governamental”, explica Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco e conselheiro do GIFE. “Então, o ISP ao definir como competência e precisão essa justa medida pode ser um fator muito relevante para enfrentar problemáticas na área da educação.” 

Já tendo atuado como secretário Nacional de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Ricardo Henriques afirma que o campo educacional no Brasil vem passando por um processo de reestruturação desde o ano passado, o que, de acordo com ele, tem gerado boas expectativas para 2024. 

“Estamos em um momento propício para ter uma diretriz mais nítida sobre as políticas de equidade, pensando como dar conta de aumentar a qualidade de educação a partir disso com intuito de enfrentar os principais gargalos institucionais que estão por trás do padrão de desigualdade do Brasil”, observa o superintendente. Ele também cita o aprimoramento das gestões públicas e da formação dos futuros professores como demandas urgentes. 

Além disso, Ricardo Henriques menciona a Reforma do Ensino Médio como um tema que merece atenção. “Questões que pra mim são chave nesse sentido é pensar como reservar o sentido contemporâneo de áreas do conhecimento e ter a capacidade de criar trajetórias flexíveis para os estudantes, ou seja, sair da ordem de um conjunto enorme de disciplinas obrigatórias que na prática se torna um ensino muito amarrado”, pontua destacando também a necessidade de uma formação técnico-profissionalizante para os alunos.

“É preciso foco na estruturação do ensino médio com capacidade de desenvolver competências tanto para os jovens ingressarem no ensino superior como para o ensino técnico-profissional de qualidade.”


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