A 11ª edição do Censo GIFE foi lançada na última quarta-feira (29), e traz informações inéditas sobre a filantropia no Brasil. Dentre os 167 membros que integram o Grupo, 137 (82%) responderam ao Censo GIFE 22-23.

Por ser um material robusto, de mais de 150 páginas, a edição deste ano do Censo passou por um intenso processo de revisão a partir das sugestões e impressões de associados e da equipe. “Estamos trazendo uma abordagem que privilegia a visualização de dados e otimização das informações para uma assimilação facilitada”, explica Raoni Biasucci, coordenador de projetos da ponteAponte.

Capítulos podem ser acessados de acordo com temas de interesse

O Censo está dividido em 7 capítulos, além de uma seção introdutória, cuja leitura é recomendada aos leitores de primeira viagem pela coordenadora de conhecimento do GIFE, Patrícia Kunrath, para iniciar nos conceitos trazidos e na metodologia da pesquisa. 

“Embora haja um encadeamento geral, cada capítulo aprofunda um aspecto diferente da atuação do investimento social privado (ISP)”, pondera. Patrícia destaca que compreender o conteúdo das seções também é um passo importante, para então seguir a leitura com textos de análise que apoiam a leitura dos gráficos e tabelas apresentadas.

Para Raoni Biasucci, vale destacar que a publicação não “obriga” o leitor a seguir a estrutura proposta no sumário e fazer uma leitura do “começo ao fim”. Os capítulos e seções podem ser acessados como uma consulta focalizada em determinados temas de interesse.

“Além da leitura setorizada, vale um exercício de contextualização de cada organização em relação ao todo, para tentar relacionar e refletir sobre os dados apresentados no Censo com a situação atual do seu setor/perfil ou da própria organização. Isso ajudará a tornar as informações mais relevantes.”

Censo visa contribuir para reflexão crítica e qualificação do ISP Brasileiro

Patrícia Kunrath ressalta que os dados do Censo fornecem subsídios para que as organizações e profissionais do setor possam identificar potenciais, desafios, lacunas e tendências no ISP. O material pode auxiliar instituições e investidores a tomar decisões mais informadas e eficazes, gerando maior impacto social.

Raoni Biasucci acredita que a publicação contribui em pelo menos duas questões: a reflexão crítica e a qualificação do ISP Brasileiro. Assim, algumas possibilidades de utilização das informações do Censo seriam:   

• Olhar os dados do ponto de vista de concentração e ausência e então identificar eventuais necessidades e oportunidades de atuação;
• Descobrir quais áreas têm maior demanda por investimento social. O que possibilita o estabelecimento de parcerias estratégicas com organizações que estejam alinhadas com seus objetivos;
• Acompanhar as tendências do campo de monitoramento e avaliação. “Futuramente também será disponibilizado no portal Mosaico conteúdo complementar à publicação, como insights, destaques e gráficos. Além disso, será possível que cada associado possa olhar para seus próprios dados e refletir onde está no campo, quais suas estratégias, e aprimorar sua atuação”, finaliza o coordenador de projetos da ponteAponte.