Com profissionais mais qualificados, setor social também é foco de headhunters

Por: GIFE| Notícias| 14/01/2013

No estudo FASFIL *, que tem o objetivo de analisar a distribuição espacial e o campo de atuação das entidades associativas e fundações ,foi apresentado o dado de que cerca de um terço dos assalariados do setor( em um total de 290,7 mil) possuem nível superior, contrastando com o percentual de apenas 16,6% de pessoas com nível superior no total de assalariados do CEMPRE. (Cadastro Central de Empresas- IBGE).

Nota-se que há uma busca por melhor administração e gerenciamento de recursos e projetos nas organizações do terceiro setor, que possui características muito específicas. O profissional tem que ser versátil, com grande leque de habilidades, já que na maioria das vezes a equipe é enxuta e os recursos financeiros apertados. Os profissionais estão então buscando se qualificar ao tomar a decisão de atuar em organizações sem fins lucrativos, com qualificação em MBA e cursos de gestão administrativa do 3º setor.

Nessa tendência, uma nova demanda foi inserida para as empresas de recrutamento e headhunters. Há uma movimentação por parte das empresas que ainda priorizam o processo de seleção interno, mas já buscam também profissionais no mercado.

“Quando uma empresa busca uma consultoria para encontrar o profissional para gerenciar determinada área social, o processo seletivo é tão criterioso como em empresas do segundo setor. Elas já estão buscando profissionais no mercado porque sabem que há gestores muito qualificados com olhar no terceiro setor”, afirma a diretora da Mariaca, empresa de serviços em gestão de capital humano, Alessandra Rossi.

Diferente de outros setores, ao entrevistar profissional sênior para o 3º setor, os headhunters buscam medir o envolvimento do candidato com a causa, mais do que com a organização contratante. Identificam também se o profissional já participou de projetos do terceiro setor e o seu engajamento, bem como atividades pessoais relacionadas. “Qualidades não tangíveis também são identificadas, como o comprometimento e entusiasmo com os valores da instituição que irá trabalhar. É importante que o candidato demonstre o interesse com a causa”, ressalta Alessandra.

* Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, em parceria com o GIFE e Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

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