Confira as previsões do Blueprint 2014 sobre filantropia e economia social

Por: GIFE| Notícias| 16/12/2013

Lucy Bernholz, uma das palestrantes do 8o Congresso GIFE, acaba de lançar o guia Blueprint 2014 Philanthropy and social economy: the annual industry forecast”, a partir do convite do Foundation Center e do European Foundation Centre.

Todos os anos, o material fornece uma visão geral do cenário da filantropia e da economia social no mundo, apontando as principais tendências e direcionando a atenção do leitor para horizontes em que são apresentados avanços importantes para 2014. Este ano, o material ainda traz algumas perspectivas sobre a filantropia européia, bem como dados sobre a realidade americana.

Apresentada como um guia GrantCraft, a publicação aponta uma previsão do cenário econômico social, que vale ser lida por interessados na esfera do capital privado usado para o benefício público.

Vale ressaltar que a autora do guia é PhD pela Universidade de Stanford, com atuação em Conselhos de diversas Organizações Não-Governamentais e centros de estudo pelo mundo.

A seguir, apresentamos uma entrevista que Lucy Bernholz concedeu ao GIFE, por ocasião do lançamento do material.

1) O que é o Blueprint e o que podemos esperar da publicação?

É uma previsão anual sobre o setor filantrópico e a economia social. Eu procuro dar sentido a tendências de curto e longo prazo e a questões relevantes ao uso de recursos privados para ações de interesse público. Os temas abordados incluem investimento de impacto, novos modelos de negócios de empresas, o uso da tecnologia e, de forma mais restrita, questões regulatórias (principalmente norte-americanas).

2) Você reconhece que a tecnologia digital, os dados e a comunicação tiveram o papel de provocar mudanças em muitos setores da sociedade e da economia, mas não tiveram o mesmo impacto no setor de investimento social. Por quê?

Organizações sociais são independentes do mercado e das eleições e, por isso, estão menos sujeitas a pressões externas do que outros tipos de organização. A adoção de tecnologias e novos usos de dados são muito mais dependentes dos interesses individuais de líderes de organizações do que de qualquer pressão coletiva. Essas organizações tendem a ser mais lentas na adoção de muitas coisas, simplesmente porque há menos pressão para a mudança.

3) Você identifica uma mudança no papel das fundações nesse contexto mais amplo da economia social?

Sim, fundações precisam compreender a ampla variedade de iniciativas que usam recursos privados para fins públicos e conhecer como trabalham (ou escolhem não trabalhar) com diferentes organizações. Fundações são apenas um tipo de fonte de recursos privados – e devem se considerar no contexto mais amplo de outras opções de financiamento de ações sociais.

4) O estudo está baseado principalmente nos EUA e na Europa. Em que medida você acredita que essas tendências são globais ou aplicáveis a outras partes do mundo?

As tendências digitais são globais – disponibilidade de dados, preocupações com privacidade, exclusão ou inclusão. Mas existem variações regionais e nacionais significativas. Um dos meus objetivos ao escrever o Blueprint original é catalisar discussões mais bem informadas sobre como essas questões atravessam linhas regionais e nacionais. É por isso também que eu tenho muito interesse em apoiar regiões que querem “um Blueprint que conte sua história”, para fazer acontecer.

Conheça a íntegra do Blueprint 2014, clicando aqui.

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