Mais de 1000 pessoas, entre lideranças de investidores sociais do país, dirigentes da sociedade civil, consultores, acadêmicos e representantes do governo deverão ser reunir, nos dias 19 a 21 de março, em São Paulo, para discutir as principais questões colocadas hoje ao investimento social brasileiro no 8º Congresso GIFE.

Com uma programação intensa (veja detalhes aqui), que engloba plenárias, mesas de debate, oficinas, lançamentos de livros e atividades abertas, os mais de 60 palestrantes irão incentivar os presentes a refletir sobre o tema norteador desta edição do Congresso: a capacidade transformadora do investimento social.

Todas as iniciativas darão luz a um dos quatro eixos centrais do evento: inovação, impacto, escala e redes. Em um vídeo especial (clique aqui para assistir ), Andre Degenszajn, secretário-geral do GIFE, reflete a proposta de cada eixo, questionando: Como é possivel, a partir da inovação, gerar soluções para problemas sociais e ambientais complexos? Gerar e mensurar impactos são condições essencias para a transformação. Mas como dar sentido política a geração de impacto? As relações em rede talvez sejam o principal vetor de transformação da sociedade. O que se pode aprender a partir das novas estratégias de mobilização?

Andre destaca ainda que o Congresso, além de ser um espaço de conteúdo e reflexão, é um momento também de articulação, mobilização, engajamento e fortalecimento de atores que trabalham para a transformação social no país. “Vivemos um momento único do Brasil, pois avanços importantes na agenda social convivem com movimentos que questionam a capacidade de representação das organizações. Por isso, toda a programação foi pensada e construída de forma a refletir um novo momento pelo qual o GIFE, o setor, e a sociedade civil estão passando e pretendemos tratar dos temas de forma inovadora, para além do investimento social”, comenta.

As atividades terão início na manhã do dia 19, com atividades abertas – gratuitas. A abertura oficial acontece às 14h, com a apresentação do novo posicionamento do GIFE a partir de uma visão sobre o contexto atual do investimento social privado. Em seguida, será realizada uma plenária sobre as transformações do investimento social, com a presença de Ana Toni, do Greenpeace International; Denis Mizne, da Fundação Lemann; e Ricardo Abramovay, da FEA/USP.

Durante todo o dia 20, uma série de mesas de debate irão abordar os diferentes eixos centrais do Congresso. Haverá discussão sobre os dilemas do alinhamento entre negócio e investimento social; experiências de mobilização e políticas públicas; o que a sustentabilidade das OCs tem a ver com investimento social; entre outras. As noites de quarta e quinta-feira também serão de atividades abertas (clique aqui para conhecê-las).

Entre os palestrantes, estarão presentes diversos associados do GIFE, assim como convidados especialistas nacionais e internacionais. Chris Stone, por exemplo, especialista internacional em reforma de justiça criminal e governança de organizações sem fins lucrativos e presidente da Open Society Foundations, participará de uma conversa com o público do Congresso. O objetivo dessa sessão será oferecer um espaço informal de diálogo sobre o papel de investidores sociais como a Open Society Foundations no fortalecimento da democracia e na promoção de justiça social.

Já a acadêmica Lucy Bernholz irá apresentar o novo guia Blueprint 2014 “Philanthropy and social economy: the annual industry forecast”, a partir do convite do Foundation Center e do European Foundation Centre. Todos os anos, o material fornece uma visão geral do cenário da filantropia e da economia social no mundo, apontando as principais tendências.

Os temas abordados no material incluem investimento de impacto, novos modelos de negócios de empresas, o uso da tecnologia e, de forma mais restrita, questões regulatórias (principalmente norte-americanas). “As tendências digitais são globais – disponibilidade de dados, preocupações com privacidade, exclusão ou inclusão. Mas existem variações regionais e nacionais significativas. Um dos meus objetivos ao escrever o Blueprint original é catalisar discussões mais bem informadas sobre como essas questões atravessam linhas regionais e nacionais. É por isso também que eu tenho muito interesse em apoiar regiões que querem ‘um Blueprint que conte sua história’, para fazer acontecer”, disse Lucy em entrevista especial ao GIFE (clique aqui para ler a entrevista completa).

A plenária de encerramento será no dia 21, na parte da manhã, e irá discutir a inovação em tempos de mudança. Quais os atributos e condições para a inovação nos dias de hoje? E como a inovação pode trazer soluções para problemas sociais e ambientais complexos? estão entre os questionamentos finais a serem lançados aos participantes do Congresso.

Na parte da tarde, o evento continua com atividades abertas.