Começará nesta semana, no Rio de Janeiro, o 6° Congresso GIFE sobre Investimento Social Privado, que acontece dos dias 7 a 9 de abril de 2010. Com o tema Visões para 2020, o evento reunirá cerca de mil lideranças nacionais e internacionais ligadas ao campo social.
Com o objetivo de consensuar uma visão estruturante para o Brasil que queremos, estarão em pauta durante o Congresso as complexidades dos novos arranjos do Investimento Social Privado (ISP), sua legitimidade e sustentabilidade, e a reflexão sobre quais serão os rumos a seguir pela próxima década.
Segundo o secretário-geral do GIFE, a principal meta do evento é fazer com que o ISP no Brasil amadureça cada vez mais, promovendo trocas experiências, propondo soluções inovadoras e antecipando as tendências nesse segmento. “A cada encontro aprendemos algo novo. Hoje, o Brasil vive um momento muito importante economicamente e socialmente e acredito que esse Congresso vai nos ajudar a enxergar e agir de forma diferente para acompanhar a nova realidade”, afirma.
Por isso, com foco na diversidade e diálogo, foram programadas formas modernas de organizar os espaços, horários e atividades durante os três dias de evento. “Os participantes do Congresso poderão escolher as discussões de seu interesse, necessidade de aprendizagem, que serão divididas em painéis simultâneos”, explica.
Programação
Como as atividades estão norteadas sob o eixo Visões para 2020, toda a programação reflete o olhar para curto, médio e longo prazos. Já na abertura, na noite do dia 7 de abril, uma mesa redonda irá discutir o papel do investimento social nas Olimpíadas do Rio. É um painel que discutirá como o setor se porta frente ao movimento econômico que será gerado por sediar eventos esportivos de proporção mundial.
Outro ponto alto do Congresso, na manhã do dia 8, será a plenária Visões para o Investimento Social Privado em 2020, no qual nomes como Bradford Smith (Foundation Center), Hugo Barreto (Fundação Roberto Marinho), Maria Alice Setubal (Fundação Tide Setubal) e Sergio Amoroso (Fundação Orsa).
Desenvolvida pela Rede GIFE e organizações convidadas, o documento Visões para 2020, aponta para 3 eixos gerais para o futuro do ISP: Relevância e Legitimidade; Abrangência; e Diversidade de Investidores.
“Há uma tendência do ISP em concentrar-se em certas regiões e em temas mais consensuais. No entanto, há regiões e áreas temáticas importantes que hoje estão descobertas. Para assegurar essa abrangência é necessário ampliar a prática de doação e diversificar as estratégias de investimento”, explica Rossetti.
Abrangendo uma multiplicidade de temas (
veja programação completa), o Congresso também realizará uma série de mesas de debate, que contarão com a presença dos mais conceituados profissionais do setor social, que compartilharão suas expertises com os participantes, que poderão escolher as discussões de seu interesse e necessidade de aprendizagem.
Para o final do evento, todos serão convidados a participar do julgamento “”Qual o impacto do Investimento Social Privado na realidade Brasileira?“”, em que será avaliada a importância do ISP como promotor da transformação social no Brasil.
Além da presença do presidente da Foundation Center, Bradford Smith, do diretor executivo da GreenGrants, Chet Tchozewski, da CEO da Community Foundations of Canada, Monica Patten, e outros 60 palestrantes confirmados, o Congresso contará com a presença de Barry Gaberman, a principal liderança na promoção da filantropia internacional e ex-vice-presidente da Fundação Ford (EUA).
Gaberman passou 35 anos na Ford e acredita na articulação das instituições sem fins lucrativos como força para vencer desafios de captação de recursos e visibilidade no setor.
Atividades paralelas
Durante os dias de evento, o GIFE e seus associados e parceiros prepararam uma série de encontros e reuniões paralelas para os participantes do Congresso. Para participar, é preciso se inscrever no evento desejado, muito embora alguns sejam fechados (
veja aqui).
Organizações sociais cariocas também abrirão suas portas para os participantes do Congresso e os receberão em suas sedes durante a realização das Visitas Guiadas (veja lista completa). Elas são gratuitas, mas algumas organizações não possuem transporte.
Os participantes do Congresso também estão convidados a celebrar os 15 anos do GIFE no Jantar Cultural, que será realizado na noite do dia 8 de abril, às 20h. Todos os inscritos podem participar do evento, que será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
Informal e descontraído, o jantar contará com a presença do Monobloco, grupo consagrado por incorporar diversos ritmos e estilos musicais à batida do samba. O Monobloco é a cara do Rio de Janeiro.
A escolha do MAM se deve porque o museu é um lugar historicamente privilegiado da vanguarda e do experimentalismo no país. Aquele espaço viu nascer parte considerável dos movimentos artísticos brasileiros e lançou muitos de nossos artistas mais importantes.
“Se esse Congresso é um lugar para discussões e debates, ele é também um grande espaço para convivência e relacionamento. Buscamos criar um ambiente que favoreça o equilíbrio entre trabalho e descontração, combinando festas (como a que teremos amanhã com a presença do Monobloco) e mesas de debate, como a que teremos a seguir”, afirma a presidente do Conselho de Governança do GIFE, Denise Aguiar.
Neutralização de carbono
Em parceria com O Boticário, o GIFE irá neutralizar os gases de efeito estufa emitidos no 6º Congresso GIFE.
Esses gases são responsáveis pelo fenômeno do aquecimento global e conseqüentes mudanças no clima de todo o Planeta. Qualquer atividade humana é geradora de gases de efeito estufa, como a geração de resíduos, consumo de energia, e principalmente as emissões decorrentes de transportes.
A neutralização é uma forma de compensar as emissões de gases resultantes destas atividades, necessárias para realização do evento.
Por que Rio de Janeiro?
Como uma das principais vitrines do Brasil no exterior, o Rio de Janeiro pode ser visto como uma síntese dos desafios e dos potenciais brasileiros, na qual a pobreza e exclusão social, contrastam com uma beleza natural única, uma riqueza cultural que faz parte da marca registrada do Brasil no mundo e um potencial econômico imenso, em setores que vão do turismo à própria cultura.
O Rio de Janeiro, assim, evidencia os contrastes do Brasil e seu potencial de transformação mais que em outros lugares do Brasil.