Conselho deve saber a diferença entre governar e administrar

Por: GIFE| Notícias| 17/06/2002

Apontar direção estratégica, garantir recursos e prover supervisão são as três principais responsabilidades dos conselhos diretores das organizações da sociedade civil.

Essa é a visão de Crispin Gregoire, diretor de consultoria e treinamento para África e América Latina do BoardSource, entidade americana voltada para o aperfeiçoamento de conselheiros. Para ele, somente uma gestão compartilhada entre conselho, equipe técnica e voluntários garante a governança da organização.

Gregoire falou no seminário Conselhos Diretores e seu Papel Estratégico, que aconteceu na última sexta (14/6), em São Paulo, e foi realizado pelos institutos Fonte e Christophorus, Idis e pelo próprio BoardSource, com apoio da União Cultural Brasil Estados Unidos. Veja os principais trechos:

  • Eficiência – um conselho eficaz deve conhecer suas responsabilidades, saber a diferença entre governar e administrar, buscar a diversidade (habilidades, experiências, conhecimentos), compreender os diferentes “”interessados”” da organização e ter medidas claras para avaliar o sucesso;
  • Garantir recursos – o conselho também deve participar da captação de recursos. Essa tarefa não cabe somente à equipe técnica. O conselho não precisa redigir os projetos, mas deve abrir as portas para a obtenção de verbas. Essa parece ser uma discussão ainda nova no Brasil;
  • Influências – às vezes os fundadores da organização convidam pessoas para participaciparem do conselho que não são necessariamente as mais indicadas. O ideal é que, com o tempo, os fundadores deixem o conselho e parem de influenciar suas decisões;
  • Evolução – o conselho passa por três estágios de desenvolvimento: no inicial, ele é muito ligado aos fundadores; no de amadurecimento, que é atingido em cerca de cinco anos, ele já ganha independência e deixa para a equipe técnica as tarefas executivas; por fim, vem o institucional, que só é atingido por algumas organizações;
  • Acompanhamento – é recomendável que o conselho faça uma ou duas visitas por ano aos beneficiários dos projetos da organização para se certificar do seu andamento.

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