Cresce o interesse da juventude pelo empreendedorismo social, afirma Kenneth Turner da Fundação Schwab

Por: GIFE| Notícias| 14/04/2014

Perseverança, criatividade, liderança e um firme compromisso com a transformação socioambiental. São características como essa que fazem de um empreendedor muito mais do que apenas um destaque na área de negócios. Mas, sim, torna-se um exemplo na área do empreendedorismo social.

Essa é a aposta de Kenneth Turner, gerente-sênior para América Latina e África da Fundação Schwab, organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, na Suíça, e reconhecida mundialmente por sua missão de fornecer uma plataforma global para disseminar modelos socioambientais inovadores e sustentáveis.

A Fundação, de 1998, é correalizadora do Fórum Econômico Mundial de Davos e responsável pela criação do Prêmio Empreendedor Social, realizado em parceria com o jornal Folha de São Paulo (cujas inscrições estão abertas, veja abaixo mais detalhes).

Neste ano, o prêmio completa dez anos no Brasil, país recordista de inscrições nas últimas edições. Por meio da iniciativa, a Fundação Schwab identifica e promove a troca de know-how entre empreendedores socioambientais inovadores, viabilizando o contato deles com grandes patrocinadores internacionais, ao incluí-los na Rede de Líderes Globais do Fórum Econômico Mundial, e com representantes das áreas empresarial, política, acadêmica e de mídia.

A parceria com a Folha de São Paulo nos permite aumentar a conscientização no Brasil sobre a importância do empreendedorismo social e identificar os modelos com maior potencial para alcançar escala significativa e impacto em todo o país”, comenta Kenneth.

A partir da larga experiência nesta temática, a Fundação Schwab identificou uma série de mudanças pelas quais o setor do empreendedorismo social tem passado ao longo dos últimos dez anos. Segundo Kenneth, uma das principais percepções é o crescente interesse da juventude pela área. “Muitos jovens de hoje acreditam que a criação de valor econômico e social e ambiental não são mutuamente exclusivas. E estão com entusiasmo para lançar seus próprios empreendimentos sociais a fim de enfrentar os desafios críticos na sociedade, que vão desde a desigualdade educacional à pobreza”, comenta o gerente-sênior da Fundação.

Outra mudança apontada pela organização em relação ao empreendedorismo social é a crescente busca dos governos e do setor privado por novas maneiras de resolver antigos problemas. “Os líderes em todos os setores estão aproveitando o poder da inovação social. Ela saiu das sombras para a ribalta”, destaca.

Entre as novas tendências, o especialista aposta na alavancagem que as novas tecnologias podem trazer para a mudança social. De acordo com Kenneth, os empreendedores têm começado a explorar o potencial da “tecnologia para o bem””, a fim de ajudar a resolver problemas relacionados à saúde, à educação, à energia, à participação cívica e à inclusão financeira.

Agora, um dos principais desafios a serem superados é a questão da escala. Trabalhando em colaboração com o governo, a sociedade civil e as empresas, os empreendedores sociais podem superar barreiras para alcançar escala e impacto social sustentável e transformacional”, acredita.

Uma das principais recomendações que a Fundação Schwab dá aos empreendedores sociais é que estes possam sempre compartilhar as melhores práticas e continuar a expandir a sua rede, além de aprender a apresentar claramente o problema no qual está operando e seu impacto para os diferentes públicos, como potenciais financiadores, parceiros, mídia, etc.

Vemos que os empreendedores bem sucedidos têm uma atenção especial em obter um modelo de negócio desde o início, identificando claramente o problema, qual o produto inovador ou oferta de serviços que vai oferecer, formas de financiamento e abordagem para alcançar um impacto sustentável. Os indivíduos que estão lançando uma nova empresa devem reconhecer a importância de estudar uma variedade de modelos empresariais sociais que abordam um problema semelhante, para elaborar uma abordagem adaptada às necessidades locais, aproveitando as melhores práticas”, orienta.

Premiação

O Prêmio Empreendedor Social tem como principal objetivo fortalecer líderes com mais de 18 anos à frente de iniciativas inovadoras e sustentáveis há pelo menos três anos, com impacto na sociedade e em políticas públicas. Podem participar líderes de cooperativas, negócios sociais e organizações da sociedade civil, de todas as regiões do Brasil, que tenham foco de atuação em ambiente, cultura, desenvolvimento local, educação, habitação, saúde, entre outras.

Já empreendedores de até 35 anos, que comandam projetos mais recentes — de um ano até três de atuação —, podem concorrer a 6ª edição do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro. Criado exclusivamente pela Folha em 2009, esta última modalidade utiliza os mesmos parâmetros internacionais para apoiar propostas como a criação de um produto, serviço ou aplicação de tecnologia social que ainda precisem de visibilidade e capacitação para aumentar seu impacto, na fase mais crítica de toda organização, que é o princípio da atividade.

Os interessados em participar devem fazer sua inscrição até o dia 27 de abril pelo site (clique aqui). O processo de seleção vai até o mês de outubro.

Os finalistas e vencedores do Prêmio Empreendedor Social e do Folha Empreendedor Social de Futuro terão seus perfis publicados em caderno especial que circula nacionalmente na Folha de S.Paulo e no site da Folha, receberão um kit com relatório completo de avaliação encaminhado para o júri, segundo os critérios dos prêmios, além de fotos e vídeo jornalístico sobre seu trabalho, para uso livre de divulgação.

O GIFE é parceiro de divulgação do prêmio e Andre Degenszajn, secretário geral do GIFE, é parte do júri.

Além disso, receberão assessoria jurídica e de gestão e bolsas de estudo para cursos, congressos e seminários. Os finalistas com idade inferior a 40 anos e que atenderem aos critérios estabelecidos pela organização Jovens Líderes Globais do Fórum Econômico Mundial serão indicados para o Fórum dos Jovens Líderes Globais. Todos os que tiverem entre 20 e 30 anos e que atenderem aos critérios estabelecidos pela organização Global Shapers do Fórum Econômico Mundial serão indicados para receberem o título de Global Shapers. No âmbito internacional, o vencedor do Empreendedor Social participará, com despesas pagas de transporte e hospedagem, do Fórum Econômico da América Latina de 2015.

Os eleitos em ambas as premiações serão convidados ainda a integrar a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais. Um dos finalistas de ambas as premiações também poderá ser eleito pelo voto online do público, na chamada “Escolha do Leitor”.

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