Crescimento do setor sem fins lucrativos desacelera

Por: GIFE| Notícias| 07/12/2012

O estudo do Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, FASFIL 2010, lançado na última quarta-feira (05) no Rio de Janeiro, mostra que houve um crescimento de 8,8% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil, expansão significativamente menor do que a observada no período de 2002 a 2005 (22,6%).

À primeira vista, o resultado pode causar certo estranhamento, pois o número de organizações sociais em 2010 era de 290,7 mil, número inferior ao da última Fasfil (2005), de 338 mil. Houve um aperfeiçoamento na metodologia do estudo desse ano de maneira a incorporar a mortalidade das organizações, que, apesar de formalmente ativas, já não existiam na prática.
A pesquisa buscou também traçar um perfil das entidades, apresentando informações em relação à finalidade, idade, localização, emprego e remuneração em 2010. E, pela primeira vez, são apresentadas informações do pessoal assalariado segunda gênero e nível de escolaridade.
O estudo, realizado pela primeira vez em 2002, resultado da parceria IBGE e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com o GIFE e a Associação Brasileira de Organizações não-governamentais (ABONG), revela que essas organizações representam 5,2% do total de 5,6 milhões de entidades públicas e privadas, lucrativas e não-lucrativas, do CEMPRE (Cadastro Central de Empresas- IBGE). São voltadas, predominantemente, à religião(28,5%), associações patronais e profissionais(15,5%) e ao desenvolvimento e defesa de direitos (14,6%). As áreas de saúde, educação, pesquisa e assistência social (políticas governamentais) totalizavam 54,1 mil entidades (18,6%).
Notou-se também o crescimento de 15,9% no pessoal assalariado, com aumento real de 6,2% nos salários médios mensais. Em números absolutos, o maior crescimento foi o das entidades religiosas, o que significou a criação de 11,2 mil entidades ou quase a metade (47,8%) do total das 23,4 mil criadas no período. Quanto ao nível de escolaridade, embora 33% dos assalariados dessas entidades possuíssem nível superior, quase o dobro do observado para o total das organizações (16,6%), sua remuneração era de 5,8 salários mínimos, bem menor do que a dos assalariados do total das organizações do CEMPRE – 7,6 salários mínimos.
Um ponto interessante apresentado é de que cerca de um terço dos assalariados das Fasfil possuem nível superior, contrastando com o percentual de apenas 16,6% de pessoas com nível superior no total de assalariados do CEMPRE.
As Fasfil concentravam-se na região Sudeste (44,2%), Nordeste (22,9%) e Sul (21,5%), estando menos presentes no Norte (4,9%) e Centro-Oeste (6,5%). Nas demais, estavam empregadas, em 2010, 2,1 milhões de pessoas, sendo intensa a presença feminina (62,9%).
Saiba mais sobre o estudo FASFIL.

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