Desenvolvimento local é debatido por protagonistas intersetoriais

Por: GIFE| Notícias| 05/08/2013

O termo “desenvolvimento local” foi considerado muitas vezes como sinônimo de desenvolvimento econômico e depois de crescimento. Porém, as concepções que envolvem o campo vêm cada vez mais se aproximando da noção de desenvolvimento humano, dando destaque para sua composição qualitativa de bem-estar e qualidade de vida.

Para aprofundar o diálogo e aumentar a geração de conhecimento sobre o tema, o Instituto Cidadania Empresarial (ICE), em parceria com o GIFE, a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto BRF, vem realizando encontros com um diversificado grupo de pessoas para mapear e conhecer melhor o ecossistema do Desenvolvimento Local no Brasil, suaS lacunas e oportunidades.

Zilma Borges (FGV) explica que o tema apresenta uma complexidade crescente que requer múltiplas visões e debates para captar a dinâmica originada das experiências e dos avanços concretos e uma revisão dos modelos até então utilizados.

“A noção de território, a redefinição do papel da sociedade civil com a consolidação de fundações empresariais e do investimento social privado dentro deste contexto tem contribuído para a revitalização das questões que envolvem o desenvolvimento local e a forma como vem sendo incluído na agenda de empresas e de políticas públicas governamentais.”, reflete Zilma.

Os debates são cercados por reflexões sobre o papel do setor público no desenvolvimento local, sua agenda e as experiências de articulação com o setor privado e sociedade civil; o papel do setor privado na criação e facilitação de espaços intersetorias de participação, diálogo e atuação em prol do desenvolvimento local e sobre os princípios e estratégias que direcionam a atuação das organizações da sociedade civil na facilitação de projetos, programas e processos de desenvolvimento local.

Para o Coordenador de Programa do ICE, Felipe Brito, há falta de espaços intersetoriais para o debate no campo. “Precisamos de mais investimento em modelos alternativos de geração de conhecimento que provoquem conversas e reflexões mais profundas. Colocar na mesma mesa lideranças comunitárias, pesquisadores, gestores de institutos e fundações empresariais, de empresas e organizações sociais de consultoria, bem como representantes do setor público está sendo um exercício interessante de diálogo e respeito sobre os limites e potenciais de cada setor. Isso coloca cada um como protagonista, estimula a reflexão sobre a nossa atuação, provoca o desenvolvimento das relações de troca e parceria”.

Como resultado dos encontros, serão produzidos três papers (um por encontro) e um artigo sobre os três encontros que serão organizados em uma publicação para o público interessado.

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