Empresas lançam movimento pela biodiversidade
Por: GIFE| Notícias| 20/08/2010A Alcoa, CPFL, Natura, Philips, Vale e WalMart lançaram na última semana, o Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade. A iniciativa, liderada pelo Instituto Ethos, e com apoio da Aberje, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), União para o o Biocomércio Ético (da sigla em inglês UEBT), da Conservação Internacional (CI), do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV(GVCes) , do Imazon e do Ipê visa abrir espaço para a construção conjunta de uma agenda positiva sobre a conservação e o uso sustentável da biodiversidade brasileira.
O tema é fundamental para os negócios, para a economia e para a sociedade, mas ele ainda não entrou na agenda dos executivos e dos governos. Está ganhando alguma repercussão porque, em outubro próximo, na cidade de Nagoia, no Japão, a ONU vai realizar a 10º. Conferência das Partes sobre Biodiversidade, em que assuntos como patrimônio genético, preservação das espécies e ocupação de áreas com florestas serão discutidos.
O pacto é motivado a partir do contexto no qual o mundo tornou-se mais consciente a respeito do tema quando, a partir do fim do ano passado, o economista Pavan Sukhdev começou a publicar os resultados de um grande estudo que mediu o valor econômico da biodiversidade e dos ecossistemas. O estudo, chamado ‘A economia dos ecossistemas e da biodiversidade’ revelou alguns dados alarmantes:
• Desse total, 35% são mangues e 40% florestas;
• A demanda por recursos naturais excede em 35% a capacidade do planeta Terra;
• Caso o ritmo atual dessa demanda for mantido, em 2030 serão necessárias duas Terras para atendê-la;
• Em 2000 e 2005, a devastação das florestas na América do Sul foi de 4,3 milhões de hectares;
• Do total de hectares devastados, 3,5 milhões foram registrados no Brasil;
• O prejuízo anual com o desmatamento é de US$ 2,5 a 4,5 trilhões de dólares à economia global – o equivalente a jogar no lixo todo o PIB do Japão, o segundo maior do mundo.
– estabelecer metas claras e objetivas sobre biodiversidade para serem atingidas até 2020
– articular com outros países cooperação global para a valoração dos serviços dos ecossistemas, com o propósito de promover mecanismos econômicos para a conservação e restauração da biodiversidade;