Encontro alinha expectativas entre países de língua portuguesa

Por: GIFE| Notícias| 16/08/2010
Rodrigo Zavala
Aprofundar laços de solidariedade e cooperação entre fundações que partilham um espaço cultural e linguístico comum. Este é um dos pontos centrais a serem discutidos no VII Encontro de Fundações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que ocorrerá em São Paulo e, sequencialmente, no Rio de Janeiro, de 12 a 16 de setembro.
Promovido pelo Centro Português de Fundações, Fundação Roberto Marinho e o GIFE, o evento reunirá 100 representantes das fundações e institutos desses países no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e em oficinas práticas em organizações no Rio de Janeiro.
Com vagas limitadas, o evento está com inscrições abertas para o público brasileiro. Veja programação completa do Encontro.

Objetivo
“Os Encontros de Fundações da CPLP, que surgiram pela primeira vez em 2003, são uma plataforma internacional de fundações que trabalham e se exprimem na mesma língua, e assumem, na sua diversidade, desígnios comuns e com crescente espírito de cooperação”, afirma o presidente do Centro Português de Fundações, Emílio Rui Vilar.
Por essa razão o tema para esta edição (as anteriores ocorreram em Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe) centra-se na “Diversidade para a Transformação – papel das fundações no desenvolvimento social”.
“A dinâmica e o impacto dos encontros ultrapassam em larga medida o tempo e o espaço da sua realização, mas temos procurado que estes se realizem alternadamente nos diferentes países da CPLP, sobretudo numa lógica de aprendizagem, para avaliar de que forma os diferentes contextos nacionais influenciam as estratégias de intervenção das fundações”, explica Vilar.
O encontro, que conta também com o apoio da Fundação Gulbenkian, Fundação Roberto Marinho, Instituto Camargo Corrêa e Fundação Odebrecht, por uma série de mesas de debates e trabalhos em grupo sobre as questões imprescindíveis no contexto. Isto quer dizer, da capacidade de forjar parcerias setoriais ou inter-setoriais ou de fazer convergir esforços para encontrar as soluções mais adequadas e sustentáveis para o desenvolvimento dos países participantes.
Importância
Um exemplo prático vem do Instituto Camargo Corrêa, cujas ações comerciais no exterior foram acompanhadas de suas práticas sociais. No contexto da CPLP, a organização levou para Angola (desde 2008) o Kidimacaji, projeto de capacitação de jovens para o mercado de trabalho, que atende quase mil jovens por ano na região de Cazenga, uma das comunidades mais pobres de Luanda.
O diretor-executivo do Instituto Camargo Corrêa, Francisco Azevedo, acredita que iniciativas como o Encontro podem ter um efeito articulador no trabalho realizado fora do país, aqui, nas localidades em que a empresa possui alguma atividade econômica. Alinha-se, assim, o interesse econômico e o social na expansão para outros mercados.
Sob uma perspectiva global, o Brasil tem conquistado uma participação de destaque no campo da filantropia. “”Passamos a exportar tecnologias sociais, levando modelos para outros países””, acredita o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti.
“Há um interesse nacional econômico, cultural e social em outros países, a começar pela África. E nada mais natural que se comece em países que falam a mesma língua”, acredita.

Para Vilar, uma língua, qualquer que seja, deve ser encarada como um fator que reforça a identidade e a cultura daqueles que a falam. Tal como deve ser analisada em outras perspectivas, como, por exemplo, fator facilitador de acesso a bens públicos globais como o conhecimento, a saúde, segurança etc. Constitui-se, assim, como um fator de desenvolvimento. “A língua portuguesa assume, deste modo e a vários níveis, uma relevância estratégica inquestionável.”

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