“Tem esgoto a céu aberto; no posto de saúde não tem atendimento. Só temos um ônibus na comunidade, que só passa a cada duas horas, domingos e feriados não tem ônibus pra gente. Temos apenas uma creche, que não abrange todas as crianças. A água não é saudável, vem escura como café. Nós não existimos para o poder público.”
O relato é de Joelma Andrade, 42 anos, coordenadora do Centro Comunitário Mário Andrade, no Ibura (PE). O centro é uma homenagem ao seu filho, morto pela Polícia Militar em 2016. Mãe de mais quatro filhos, ela vive no Parque da Aeronáutica Santa Luzia, onde luta por acesso a direitos básicos.
Ela conta que, para driblar os desafios, a comunidade precisa se virar por conta própria, colhendo a sujeira da água com panos, e fazendo a limpeza dos canais de esgoto e das canaletas.