Especialista elenca os passos para dar escalabilidade a projetos sociais
Por: GIFE| Notícias| 05/11/2012 O GIFE reuniu lideranças do investimento social, na sede do Instituto Alana, em São Paulo, para um debate avançado sobre escalabilidade de projetos, ou seja, como levar experiências bem sucedidas de projetos pilotos para grande escala, de forma a beneficiar o maior número de pessoas.
O encontro, co-realizado pela Fundação Itaú Social, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, o Instituto Alana e o apoio do Itaú BBA, foi palco da palestra do economista e consultor Richard Kohl, especialista na chamada “”escalabilidade”” (scaling up, em inglês) de programas sociais.
Ex-economista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e doutor pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, Kohl alertou sobre as etapas necessárias para que os projetos sejam adotados em larga escala. O norte-americano, que já atuou em mais de trinta países, trouxe aos participantes um caminho para aqueles que desejam ampliar seus projetos.
No rol das diretrizes passadas pelo especialista, foram elencados três pontos importantes, que devem constar já no esboço do projeto: que tipo de esfera o projeto pretende alcançar (municipal, estadual ou federal); a importância da escolha das metas a serem perseguidas (alcance, impacto, custo etc); as condições de se ampliar o projeto e de operá-lo.
Kohl afirmou que ganhar escala exige muito trabalho em um projeto social e não depende apenas de recursos financeiros. Além de ter total domínio do projeto em si, é importante ter conhecimento sobre a implementação e as políticas públicas que envolvem o projeto.
Para o especialista, o passo mais importante na hora de dar escala aos projetos é começar pela sensibilização, que significa engajar todas as pessoas, todos os stakeholders para entender o que querem fazer com o projeto.
A fim de introduzir o contexto brasileiro no diálogo com Kohl, o Instituto Ayrton Senna compartilhou suas reflexões e questionamentos sobre escalabilidade de seus programas, que beneficiam três milhões de crianças e jovens. Uma das questões levantadas foi sobre a importância de continuar dando escala a seus programas mesmo diante do alcance de 10% dos alunos do ensino básico no Brasil ou se estariam assumindo o papel do Estado indo além deste número.
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