Estudantes universitários também podem concorrer ao Prêmio FEAC de Jornalismo
Por: Fundação FEAC| Notícias| 17/07/2023Para valorizar o trabalho jornalístico e, sobretudo, impulsionar o interesse pelas coberturas de temas sociais, a Fundação FEAC retomou este ano o Prêmio FEAC de Jornalismo. A 23ª edição do Prêmio FEAC de Jornalismo marca a volta da premiação e traz uma ótima oportunidade para os jovens universitários testarem as suas habilidades. A reedição da categoria Produto Universitário contempla estudantes de Jornalismo que residem na Região Metropolitana de Campinas. Eles podem submeter seus trabalhos ao prêmio e concorrer a uma premiação de R$ 3 mil. Profissionais de jornalismo também podem participar em uma das quatro categorias, com prêmio de R$ 5 mil: Televisão, Jornalismo On-Line, Mídia Impressa e Rádio.
O Prêmio FEAC de Jornalismo celebra desde 1998 o papel essencial que o jornalista desempenha para o desenvolvimento social. O tema da nova edição é “Iniciativas que transformam territórios” e tem como premissa reconhecer trabalhos que dão destaque a ações que geram transformações positivas nos territórios vulneráveis do município.
“O intuito do prêmio é criar uma agenda positiva nos veículos de comunicação e incentivar que os jornalistas contem histórias e coloquem projetos em evidência. A gente tem visto uma tendência nos veículos em divulgar as questões negativas, então queremos ir por um outro caminho. Tem muita coisa boa acontecendo na cidade também”, fala Camila Mazin, líder do Núcleo de Comunicação da Fundação FEAC.
Os trabalhos precisam ter sido veiculados e/ou publicados entre 13 de outubro de 2022 e 13 de outubro de 2023. Para consultar o regulamento e se inscrever, acesse www.premiofeac.org.br. As inscrições estão abertas até o dia 13/10.
Reconhecimento profissional ainda na faculdade
A categoria Produto Universitário já esteve presente em edições passadas do Prêmio FEAC de Jornalismo, mas ficou fora dos prêmios mais recentes. Camila explica que o seu retorno este ano se deve a um momento delicado da profissão, no qual os profissionais enfrentam uma onda de desvalorização e desconfiança por parte da população – o que pode desmotivar estudantes do curso.
“Criar uma categoria universitária é uma forma de incentivar os futuros profissionais e valorizá-los desde a formação. Mostrar o quanto eles são importantes para a sociedade nesse processo de comunicar a verdade, informar a população”, afirma Camila Mazin.
Rose Bars, diretora do curso de Jornalismo da Faculdade PUC-Campinas, ressalta que os prêmios de jornalismo, como o Prêmio FEAC, destacam a qualidade de trabalho dos estudantes e os tornam referência no mercado de trabalho logo cedo. “Os alunos, quando fazem suas produções, estão envolvidos na apuração, na verificação da informação, na produção do texto. O prêmio é o resultado dessa dedicação e é referência no portfólio dos alunos”, diz.
Desde o primeiro semestre, os estudantes são estimulados a colocarem a mão na massa, tanto pelas atividades desenvolvidas nas aulas quanto pelos projetos experimentais. As produções são publicadas no portal Digitais, um produto laboratorial do curso.
“Tem muitas matérias ligadas às pautas sociais, então essas produções podem concorrer ao Prêmio FEAC de Jornalismo. Nós vamos estimular os alunos a se inscreverem”, fala Rose Bars.
Um olhar profissional voltado às pautas sociais
O Prêmio FEAC já é uma referência para jornalistas profissionais de todos os segmentos (televisão, Jornalismo On-Line, Mídia Impressa e Rádio) de Campinas e região. Ao longo de sua carreira, a jornalista Kátia Camargo sempre buscou direcionar o olhar para as pautas sociais, mesmo quando não eram o foco de sua área de atuação.
Uma das primeiras matérias que Kátia Camargo escreveu quando começou a trabalhar no jornal Correio Popular se tornou, para a sua surpresa, uma das grandes vencedoras do 13º Prêmio FEAC de Jornalismo, em 2010. “O médico cheio de truques”, publicada pelo jornal, levou o troféu na categoria Mídia Impressa.
Kátia apresenta o trabalho do médico Jamiro da Silva Wanderley, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que visita hospitais da cidade usando acessórios de palhaço. Por meio de truques de mágica, ele proporciona momentos lúdicos e alegres aos pacientes que estão internados com a intenção de suavizar suas dores.
Foi uma conquista decisiva para a sua carreira. Até então, ela vinha se sentindo insegura com a profissão. “Eu era nova dentro do jornalismo impresso, não tinha nenhuma experiência anterior e vinha questionando minha capacidade como jornalista”. Quando soube que as inscrições do 13º Prêmio FEAC de Jornalismo abriram, ela decidiu se inscrever mesmo não acreditando que tivesse chances de chegar à final.
Prêmio foi conquista decisiva para carreira
“Lembro que foi o Caco [Barcellos] que entregou o prêmio. Quando ele chamou meu nome, eu juro que não acreditei. Meu amigo me cutucava e falava ‘Kátia, eles chamaram você’. Eu achei que não fosse conseguir subir a escada porque estava muito nervosa. O Caco pegou na minha mão e disse ‘Nossa, como você está tremendo’. Eu estava bem emocionada”, relembra.
Para Kátia, o prêmio foi uma fonte de motivação para não desistir da carreira e buscar aprimorar seu trabalho. Um tempo depois, ela participou de um curso de escrita e ainda trabalhou por mais dez anos no jornal impresso. “Não era só a questão do prêmio em si ou a questão financeira. O prêmio serviu para eu não desistir do jornalismo, foi superimportante para a minha vida profissional”, diz.
Desde 2021, ela integra a equipe do portal Hora Campinas e assina a coluna Caçadora de Boas Histórias, na qual compartilha pequenas reflexões do seu dia a dia e conta histórias de pessoas e projetos de Organizações da Sociedade Civil (OSC) que despertam transformações sociais.
Para Kátia, o Prêmio FEAC de Jornalismo é uma oportunidade para que jornalistas conheçam mais sobre a cidade em que vivem. “O jornalismo tem essa função social de mostrar as realidades, de contar histórias de pessoas que não estão na mídia e fazem trabalhos belíssimos para as comunidades”, diz.
Finalista em quatro edições
Kátia Camargo foi finalista em quatro edições do Prêmio FEAC de Jornalismo, se destacando como vencedora em duas delas:
- Vencedora na 13ª edição com a matéria “O médico cheio de truques”, na categoria Mídia Impressa.
- Finalista na 20ª edição com a matéria “Um coração que não cabe no peito”, na categoria Mídia Impressa.
- Finalista na 21ª edição com a matéria “Brincar é coisa séria”, na categoria Mídia Impressa.
- Vencedora na 21ª edição com a matéria “Engajados e conscientes”, produzida em colaboração com as jornalistas Janete Trevisani e Daniela Nucci, na categoria Mídia On-line.
Serviço
Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo
Inscrições até 13/10.
Mais informações em premiofeac.org.br