Estudo analisa a reforma da educação infantil em Portugal e suas possíveis aplicabilidades no Brasil

Por: GIFE| Notícias| 24/11/2014

IV Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, realizado nesse mês, o Núcleo Ciência pela Infância apresentou um estudo inédito que traça um paralelo entre o sistema de educação infantil português e brasileiro.

A realização da pesquisa “Educação Infantil em Debate – a Experiência de Portugal e a Realidade Brasileira” foi uma iniciativa da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e da Fundação Itaú Social, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com coordenação técnica do Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP). A iniciativa foi realizada com objetivo de estimular questionamentos e debates para promover a ampliação da educação infantil no Brasil garantindo a qualidade.

Portugal foi um país que se destacou entre os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), lançando mão de diferentes ações para ampliar o acesso à educação infantil. Por isso, o estudo focou o sistema de creches e pré-escolas no país, buscando identificar de que forma sua gestão possibilitou expandir o atendimento com qualidade.

“O estudo não pretende, de forma alguma, apontar qual é o melhor modelo para o Brasil, mas traz um pouco da experiência de Portugal, que, para atender suas demandas, optou por uma diversificação de soluções para a educação infantil e creche, apostou em qualidade e investiu em formação continuada dos profissionais”, explica Eduardo Marino, gerente de avaliação da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

A pesquisa comparou temas pertinentes à educação infantil como gestão, fontes de financiamento, formação e identidade profissional, estruturação do currículo, sistema de avaliação, participação da sociedade civil e expansão de cobertura. No que se refere à gestão, uma das inovações administrativas identificadas em Portugal foi o agrupamento de escolas, que reúne pré-escola, escola de Ensino Básico obrigatório e Ensino Secundário de um mesmo território, sob a liderança de uma mesma equipe gestora.

Quando o tema é a estruturação do currículo, tanto em Portugal quanto no Brasil, orientações e diretrizes curriculares apontam para a importância da valorização da criança, colocando-a no centro do processo, além de incluir a família e a comunidade. O estudo também mostrou que existem estratégias possíveis para isso, como o desenvolvimento de materiais de apoio e programas de formação de formadores que aproveitem o talento dos educadores da própria rede.

Outro ponto que merece destaque é que, em Portugal, a articulação intersetorial foi essencial para ampliar a oferta de vagas, destacando assim a necessidade de maior interação entre as áreas de Educação, Desenvolvimento Social e Saúde no Brasil.

A pesquisa completa pode ser acessada gratuitamente no site da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

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