Estudo aponta os desafios e tendências da gestão de associações no Brasil

Por: GIFE| Notícias| 09/05/2016

O Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (CEAPG) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) acaba de lançar os resultados da pesquisa “Gestão de Associações no Brasil: Desafios e Tendências”, que teve como principal objetivo entender quais são as práticas de gestão associativa mais utilizadas por associações brasileiras e como elas variam em função de seu de tipo de membro – pessoa física ou jurídica. O GIFE, inclusive, foi uma das associações participantes do estudo.

Segundo a FGV, trata-se de um assunto muito relevante para o país, devido à importância das associações no Brasil e no mundo, mas que até agora ainda não mereceu atenção suficiente da academia para que se produza mais conhecimentos teóricos e aplicados ao dia a dia dessas organizações, cuja gestão é tão desafiadora.

A pesquisa foi realizada com 99 associações brasileiras (57 de pessoas jurídicas e 42 de pessoas físicas), com grande variação no perfil (associações com atuação representativa, setorial, ativista ou profissional); assim como de diversidade de porte, indo de pequenos a grandes orçamentos (média de 2,1 milhões de reais), e de diferenças na base de associados, indo de apenas 4 associados até 32 mil.

Além dos dados gerais, o estudo buscou também entender como as associações recrutam, engajam, mantêm e desfiliam associados, evidenciando quais são as práticas mais relevantes de gestão associativa.

Entre outros achados da pesquisa,  segundo a FGV, é possível perceber que as diferenças entre a gestão de associações de pessoas jurídicas e físicas são menores do que a literatura acadêmica fazia supor. Essa consistência nas respostas, independentemente do tipo de associado, reforça a ideia de que a gestão de associações enfrenta desafios únicos e que precisam de ainda mais atenção de teóricos, pesquisadores, consultores e gestores.

Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores é o fato de que a governança das associações tende a ser menos democrática do que a teoria indica. Isso porque, em 67% dos respondentes, a eleição da nova diretoria acontece por consenso, com chapa única, enfraquecendo o tradicional argumento de que as associações seriam “escolas de democracia”.

O material pode ser acessado no Sinapse do GIFE.

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