Estudo de caso destaca educação inclusiva no ensino médio

Por: GIFE| Notícias| 25/08/2014

O Instituto Alana, em parceria com o Instituto Rodrigo Mendes, acaba de lançar um estudo de caso sobre a educação inclusiva no ensino médio. A iniciativa surgiu como uma oportunidade de discutir o sistema educacional sob o ponto de vista da diversidade.

O estudo é composto por um vídeo curta-metragem, chamado “Outro Olhar”, que retrata a história de Renata Basso, estudante gaúcha que tem síndrome de Down e acabou de concluir o ensino médio, além de um material de apoio que contextualiza e sistematiza a experiência.

O evento de lançamento aconteceu no dia 7 de agosto, no Instituo Alana, em São Paulo (SP), e contou com um debate sobre educação inclusiva. A especialista em educação Maria de Salete Silva, o presidente do Instituto Rodrigo Mendes, e a presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Gecy Klauck, participaram do debate. Na ocasião também estavam presentes dirigentes da rede de ensino, professores, gestores e representantes de ONGs que trabalham com o tema.

Maria de Salete Silva acredita que é preciso enfrentar as mudanças necessárias para sair da obsolescência em que o ensino médio se encontra ‘sem parar o carro’. “Não dá para interromper tudo e recomeçar lá na frente. A experiência com Renata é mais forte que qualquer tese de doutorado. Não tenho dúvidas de que a abertura para a inclusão é que vai acelerar esse processo de mudança”, concluiu.

Segundo Rodrigo Mendes, é preciso lembrar que a educação é um direito fundamental e, portanto, deve ser garantida a todos, sem exceção. Por outro lado, a educação inclusiva descontrói o modelo que há hoje e propõe que o respeito à forma única e singular de cada indivíduo construir o conhecimento precisa encontrar espaço. “Quando se tem alguém com deficiência na escola, os educadores são obrigados a mudar. Não há como adiar”, diz Rodrigo. “A educação contemporânea deveria valorizar as diferenças, contribuindo para a formação de indivíduos adaptados ao mundo de hoje, mas nem sempre é o que acontece. Por isso, esse exemplo da estudante gaúcha é tão significativo.”

O vídeo foi produzido pela Maria Farinha Filmes, com direção de Renata Sette, e conta com patrocínio do Itaú BBA e do Instituto Alana, além do apoio do Instituto Unibanco, Ministério da Educação e Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.

A ação faz parte do projeto Outro Olhar, do Instituto Alana, que atua em cinco pilares, produzindo e disseminando conhecimento sobre a síndrome de Down: pesquisa científica; acolhimento às famílias; comunicação; práticas educativas e mercado de trabalho.

“O curta deu visibilidade para o fato de que numa escola para todos, os benefícios se multiplicam: os professores foram estimulados a utilizar estratégias pedagógicas para tornar o conhecimento acessível a todos; a possibilidade dos estudantes vivenciarem valores no ambiente escolar como solidariedade e respeito à diversidade. Tudo isso foi possível a partir do olhar da família para a Renata. Um olhar que encorajou o desenvolvimento do potencial que todo ser humano tem e que para ser vivido precisa de oportunidades e do envolvimento dos que o cercam.” explica Claudia Moreira, coordenadora do projeto Outro Olhar, do Instituto Alana.

O material pode ser acessado no site da Diversa, plataforma que divulga boas práticas de educação inclusiva, a fim de torná-las referências para outras entidades.

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