Evento é vitrine de ações sustentáveis

Por: GIFE| Notícias| 18/08/2008

Entre os dias 13 e 15 de agosto, o Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou a segunda edição de sua Mostra Sistema Fiesp de Responsabilidade Socioambiental. Com o lema “”Um novo olhar constrói um novo mundo””, o evento se tornou uma grande vitrine para empresas que assumem uma postura sócio-responsável nos mais diversos segmentos.

Dividida em uma feira e um congresso, a Mostra reuniu empresas de todos os portes para analisarem três temas fundamentais: Sustentabilidade, Meio Ambiente e Nova Economia. Paralelamente a essas discussões, uma multiplicidade de estandes, mostrava a heterogeneidade dos projetos realizados pelo setor privado, interessado em mostrar ao público seus investimentos socioambientais.

Segundo a diretora do Cores, Eliane Belfort, o evento é um canal para interlocução entre empresas, universidades, organizações não-governamentais, órgãos públicos, veículos de comunicação e a sociedade como um todo para consolidar uma pauta social afirmativa, criar uma agenda sobre o tema e articular estes atores para o desenvolvimento sustentável global. “”A Mostra foi a lanterna na proa, que guiará as empresas que querem continuar no mercado””, afirma.

Heterogeneidade

Um dos assuntos mais recorrentes nas discussões nas mesas de debates foi lembrado pelo vice-presidente do Conselho de Economia (COSEN) da (Fiesp), Boris Tabacof, durante a mesa redonda “”O que podemos utilizar como Indicador de Sustentabilidade – PIB x IDH?””, no dia 15 de maio. “”A Responsabilidade Social Empresarial é uma questão de conscientização e não se dá de maneira homogênea””, argumentou.

As afirmações de Tabacof estão ligadas às diferenças qualitativas dos projetos socioambiental no setor privado. Enquanto alguns empresários já trabalham a temática de forma estratégica e colada ao negócio, há uma parte do grupo que ainda trabalha de forma amadora, com pouca preocupação com resultados.

No entanto, o vice-presidente do Conselho de economia foi assertivo ao dizer que o grau de comprometimento da indústria hoje vai além das exigências legislativas ambientais.

De olho nos gastos

Outro assunto em pauta nas discussões foi como a redução dos impactos da produção industrial, conjuntamente com a redução das emissões de gases e do consumo de energia. Nesse sentido, os palestrantes convidados para a mesa “”Inovações Tecnológicas para Sustentabilidade”” destacaram idéias cujo retorno mostrou-se bastante positivo.

Gian Gomes Marques, engenheiro da Volkswagen Caminhões & Ônibus, apresentou um relato sobre a prática de análise do Ciclo de Vida de seus produtos. Comparativamente, é possível mensurar se um caminhão, por exemplo, pode ser menos poluente a longo prazo, com peças mais baratas e com menos impacto ao meio ambiente, quando chegar ao fim sua vida útil.

Logo em seguida, a administradora de empresas Maria Ângela do Rego Barros, responsável pela área de relações governamentais para pesquisa, desenvolvimento e inovação da Motorola falou sobre a necessidade de pensar como essas tecnologias também podem melhorar as condições de trabalho dos funcionários e impulsionar os investimentos socioambientais.

Como presidente da Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei), Maria Ângela argumentou que uma empresa – que se acredite sustentável – não pode apenas pensar nos seus produtos.

Nesse sentido, o grande destaque foi a premiação das empresas vencedoras do Prêmio FIESP Mérito Ambiental 2007. Pilkington Brasil, Bosh Continental, Itautec e Panozon Ambiental adotaram soluções inovadoras e socialmente responsáveis a ponto de manter a produção, reduzir custos e cuidar do meio ambiente.

A água, presente em muitos processos de fabricação, recebeu novas formas de tratamento. Assim aconteceu com a Pilkington, grande fabricante de vidros para as mais variadas destinações. A empresa de origem inglesa adotou um sistema de reuso e tratamento da água o que possibilitou a redução em até 75% da água limpa.

Num outro segmento a Bosh Continental adotou gazes ecológicos, que não agridem a camada de ozônio, como parte integrante de seus produtos na linha de refrigeração. Com isso, a redução de efeito estufa dos produtos da empresa é de 100%.

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