Festival Oasis propõe debate sobre futuro de Santa Catarina

Por: GIFE| Notícias| 19/10/2009

Somos capazes de encontrar e construir caminhos para a sociedade que aspiramos? Nessa busca, podemos nos fazer algumas perguntas: quais são nossas características quando estamos em nosso melhor? O que poderíamos fazer em nosso Estado se utilizássemos a inspiração que nos move em momentos especiais e a união que demonstramos nos momentos de crise e festa para gerar as mudanças que desejamos ver e viver?

Nesse contexto de aplicar o melhor de Santa Catarina em Santa Catarina que se insere o Festival Oasis, evento que acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro e 01 de novembro, na Vila Germânica, em Blumenau.

Atores da sociedade catarinense se unirão para gerar novos caminhos para o desenvolvimento da região e do Estado. Não um desenvolvimento qualquer, que leva para uma situação irreal de bem estar social, mas aquele que traz resultados sólidos, que poderão ser usufruídos pelas próximas gerações; ou seja, um desenvolvimento sustentável.

Ao longo dos três dias, serão vivenciadas mesas redondas, oficinas, palestras, momentos de conversa, construção de imagens de futuro, projetações e a geração do “”compromisso””. Além disso, naturalmente surgirão novas relações, “”insights”” e envisionamentos. Informações detalhadas sobre a programação podem ser encontradas no site: www.festivaloasis.ning.com.

Dúvidas frequntes
Esse é o primeiro Festival Oásis?
– Esse é o primeiro Festival Oasis. Mais que isso, é o primeiro “”movimento Oasis””. No final do ano passado, o Instituto Elos, idealizador da metodologia oasis, decidiu torná-la aberta. Com isso, lançaram o movimento “”Oasis Mundi””, com o objetivo de espalhar oasis pelo mundo, vendo nisso uma forma de “”fazer acontecer o mundo que sonhamos””.

O Oasis SC nasceu em meio aos desastres climáticos do final do ano passado e início desse ano, a partir de jovens que conheciam a metodologia oasis e queriam agir para mudar o mundo, sendo então SC o primeiro “”case”” macro desse movimento.

Porque 9 meses para transformar o mundo? O que acontece depois desseperíodo?
O movimento foi concebido para iniciar em final de abril/09 e terminar em jan/10. Daí 9 meses. Tem o simbolismo de ser o tempo normal de uma gestação. Foi escolhido também porque o “”fazer oasis”” é um fazer rápido; é um impulsionar. Então o movimento iria impulsionar o desenvolvimento de mudanças no estado para que não mais se sofresse com catástrofes da maneira que se sofreu em nov/08, e mais que isso, catalizaria um desenvolvimento sustentável de SC.

A meta, para depois desse período, é que as partes estejam conectadas e alinhadas com o objetivo de desenvolvimento sustentável, caminhando de forma sinérgica. O principal resultado do movimento será uma mudança no olhar, lógica e consciência do estado; para que assim, renovados, todos possam, juntos, utilizar o conhecimento, os sonhos e as possibilidades que já estão às mãos para trilhar um desenvolvimento profundamente sustentável.

Quantas pessoas são esperadas para o evento?
O público-alvo do evento são jovens universitários, secundaristas e sociedade como um todo. Mas estando lá no papel de pessoas, isto é, não como empresários e políticos, por exemplo. Isso porque o pacto está sendo construído junto às partes desde agora e será impulsionado pelo festival, que representará mais um pico de energia estratégico para o desenvolvimento do pacto e geração de compromisso.

Ou seja, encontros ocorrerão antes do festival, serão combinados para depois do festival e continuarão dentro do movimento até o fim de jan/10, cada vez unindo mais as partes alinhadas pelo desenvolvimento sustentável (sonhos na base da sustentabilidade).

Dentro disso, 1200 é um número que nos orienta. Totalizando jovens de todos estados brasileiros (estamos iniciando o contato com essas lideranças de universidades de cada estado), secundaristas, sociedade catarinense, expositores (quem for apresentar o melhor de SC e o melhor do Brasil e mundo) e palestrantes e especialistas.

Quem dá a chancela sobre as experiências/tecnologias que serão apresentadas serem consideradas como “”melhores práticas””?
As “”melhores práticas”” são práticas economicamente viáveis e/ou grandes idéias inovadoras (mesmo que ainda não economicamente viáveis) que geram um relacionamento num novo nível de harmonia e sinergia com a natureza, reconhecidas por órgãos competentes (ONU, por exemplo) e/ou pessoas de referência (Hazel Henderson, Amory Lovins, entre outros) e com resultados conhecidos. Isto é, elas já estão sendo aplicadas em algum lugar do mundo e tendo resultados espetaculares (comparativamente às práticas antigas) no que tange à relação homem-homem e homem-natureza.

Esse ponto levantado está intimamente ligado à credibilidade do que será apresentado, e por isso temos dado muita atenção a ele. Estamos entrando em contato com as pessoas e organizações mais reconhecidas no que toca a tecnologias sustentáveis e mudanças climáticas, pessoas e organizações avalizadas por organizações como: ONU, PNUD, Ashoka, Artemísia, Reos Partners, Art of Hosting, Mercado Ético, Avina. Continuamos a procuras desse melhor do Brasil e do mundo, sob o aval desses parceiros e anciãos que mencionei.

Qual o conceito de “”sustentabilidade”” que vocês trabalham?
Essencialmente, de que a sustentabilidade tem raiz nos sonhos, na alegria. Ou seja, o caminho da sustentabilidade que estamos buscando construir é um caminho que levará o indivíduo a um novo nível existencial, significando renovadas relações com a natureza e entre os homens. E a inspiração para essa renovação serão os sonhos.

Complementando, sustentabilidade também é o processo de ser dinâmico, de ser aberto e procurar a renovação, a reinvenção, a resignificação.

Olhando só para o conceito, parece abstrato. Mas é pra ser, né? Tornando prático, saindo do conceitual e inspirador, seria uma educação renovada; relações comerciais renovadas; saúde renovada; habitação e relação com natureza renovadas; política renovada. Renovação construída coletivamente a partir de uma nova consciência. Disso a sustentabilidade irá emergir.

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