Estão abertas as inscrições para o 2º Global Forum América Latina, que acontece de 4 a 6 de novembro, no Cietep, em Curitiba. O encontro, que reunirá empresários, executivos, representantes do meio universitário, do setor público e da sociedade civil, identificará quais os principais atributos e competências estratégicas para enfrentar o cenário atual de mudanças climáticas.

Na pauta global, essas mudanças são um dos principais desafios do século XXI. Só neste início de século, a temperatura do planeta subiu quase 2º C, causando ondas de calor em regiões de temperaturas historicamente amenas, surgimento de desertos, intensificação da força dos ciclones, furacões e tufões, e aumento do nível dos oceanos com ameaça de submergir cidades litorâneas.

Diante deste cenário, o Sistema Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) realiza o 2º Global Forum América Latina (GFAL). Contribuições do encontro serão levadas pelo presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima – COP 15 – da ONU, marcada para dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

Para Rocha Loures, é preciso trazer para reflexão do meio empresarial e acadêmico as responsabilidades de cada um quanto aos problemas de meio ambiente e procurar encontrar uma harmonia entre o mundo natural e humano. As empresas precisam de ferramentas de gestão que ajudem a integrar as preocupações ambientais, sociais e governamentais em seus planejamentos e precisam de líderes talentosos e éticos que estejam preparados para lidar com força positiva visando a sustentabilidade.

“”Este é nosso objetivo, gerar conhecimento e fornecer as ferramentas para uma educação sustentável””, ressalta Rocha Loures.

O Sistema Fiep foi o responsável por trazer os debates do Global Forum ao Brasil. O Movimento é uma iniciativa do Sistema Fiep, Case Western Reserve University (EUA) e BAWB (Business as an Agent of World Benefit), realizado pela Unindus (universidade corporativa do Sistema Fiep) e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), patrocinada pelo Sesi.

Entenda o Global Forum

 É um movimento mundial de conversação sobre inovação da educação para a sustentabilidade.

 Foi trazido ao Brasil por iniciativa do Sistema Fiep, através da Unindus (universidade corporativa do Sistema Fiep).

 O primeiro encontro no Brasil foi realizado em junho de 2008.

 O Movimento teve desdobramentos em todo o país, que resultou em encontros em São Paulo (novembro/2008), Paraíba (abril/2009) e Pará (setembro/2009). Depois de Curitiba (novembro/2009), ainda haverá uma edição em Mato Grosso (novembro/2009).

 É uma iniciativa espontânea de organização da sociedade na busca de ações inovadoras para a sustentabilidade da vida humana em nosso planeta. Surgiu no ano 2000, a partir do Global Compact, na ONU, fundindo-se com o BAWB (Business as an Agent of World Benefit) em um encontro promovido por Kofi Annan e organizado por David Cooperrider (Case Western Reserve).

 Contribui para o fortalecimento das relações entre o mundo empresarial e o acadêmico, de modo a torná-los parceiros permanentes na produção, utilização e divulgação do conhecimento. 

 Identifica as boas práticas empresariais e gerar propostas para a inovação e mudanças na educação.

Congresso
Durante o Global Forum será realizado dia 4 um congresso acadêmico com o objetivo de contribuir para o fortalecimento das relações entre o mundo empresarial e o acadêmico. A tividade irá reunir 42 artigos e trabalhos científicos, divididos em quatro blocos: transformação organizacional e abordagem sistêmica, empreendedorismo e tecnologias sociais, meio ambiente e gestão ambiental, responsabilidade social empresarial/finanças sustentáveis e marketing.

“”Notamos um amadurecimento do conteúdo dos trabalhos inscritos em relação ao ano passado. Percebemos que a questão da sustentabilidade já está sendo trabalhada na universidade e nas empresas””, afirma a coordenadora do Global Forum, Margarita Bosch.

Debates usam método de investigação apreciativa
O evento utiliza nos encontros de conversação para orientar os grupos, a metodologia da Investigação Apreciativa criada por David Copperrider e Ronald Fry, da Case Western Reserv University, de Cleveland. O método permite construir conhecimento em grupo a partir do que há de melhor nos seres humanos, na busca de inovação em escala, inspirada pela cooperação e aprendizagem antecipada.

É uma forma de tornar a organização melhor com base no que ela já tem de bom. “”Muitas organizações se consideram um problema a ser resolvido. As pessoas fazem reuniões para elaborar uma lista dos problemas e a partir daí procuram as causas desses problemas para elaborar soluções””, explica Margarida Bosch, coordenadora do Global Forum.

Na Investigação Apreciativa o foco não é o problema, mas a construção de um futuro desejado com base nas forças existentes. A organização deixa se ser percebida como um problema a ser resolvido e passa a ser a própria solução, mais como um mistério a ser desvendado.

Para mais informações sobre a programação e inscrições, acesse: www.globalforum.com.br.